Champar: Junqueira tem classificação complicada em Assen

Na Bélgica, há uma semana, o resultado veio ajudado por uma posição na segunda fila. Desta vez, Bruno Junqueira (Brasil Telecomunicações/Telemont) vai ter, na gÁ­ria do automobilismo, de remar um pouco mais para concluir a temporada européia da ChampCar em grande estilo. Segundo colocado em Zolder, o representante brasileiro na categoria é o 11º no grid para o GP da Holanda, 12ª etapa da temporada, em Assen.

A largada ocorre Á s 8h (de BrasÁ­lia) e a pole é do francês Sebastien Bourdais (Newman/Haas/Lanigan), que pode confirmar o tetracampeonato com duas provas de antecipação.

Como na véspera, as condições meteorológicas acabaram comprometendo o trabalho dos pilotos e equipes. No treino livre da manhã, a chuva já havia parado mas, com a pista molhada, todos optaram pelos pneus para piso úmido nas primeiras voltas. O piloto da Dave Coyne aproveitou a oportunidade para treinar pitstops e, já com os compostos slicks, teve o trabalho prejudicado pelas bandeiras vermelhas que interromperam a sessão, terminando com a décima marca.

O aquecimento que antecede a qualificação chegou a dar motivos de otimismo para Bruno, que por boa parte do tempo se manteve em quinto, caindo para o oitavo posto mais uma vez devido Á s paralisações, que impediram nova tentativa de baixar sua marca. As bandeiras vermelhas, aliás, foram o grande adversário do brasileiro ao longo do dia. Na tomada de tempos decisiva, outra interrupção limitou o tempo de pista. Como se não bastasse, o tráfego provocado, entre outros, pela companheira de equipe do mineiro, a inglesa Katherine Legge, fez com que ele não conseguisse baixar a marca de 1min19seg813.

Mesmo com todos os contratempos Bruno não perdeu a esperança de terminar nas primeiras posições e, para isso, pretende aproveitar o warump da manhã da prova para acertar as regulagens de seu Panoz/Cosworth. Como em Zolder, piloto e equipe prometem estar atentos para tentar uma estratégia distinta de paradas que os coloque novamente na briga. Não custa lembrar que o tempo bom pode mudar em questão de minutos, o que premiará a experiência, a leitura das condições da corrida e a capacidade de não cometer erros.

“Mais um dia frustrante na pista, novamente sendo atrapalhado pela minha companheira de equipe em minha melhor volta e pegando as bandeiras vermelhas nos piores momentos. Mas, precisamos nos animar e preparar o melhor carro para a corrida de amanhã. Como temos visto, tudo pode acontecer aqui, tanto em relação ao clima – chove, seca, sol, nublado -, como nas performances na pista. Muitos erros são cometidos. Espero não ser um dos pilotos a cometê-los e assim poder brigar pela minha melhor posição”, garante o piloto da Coyne.