ChampCar: Pizzonia considerou o GP do Canadá o mais frustante de sua carreira

Amazonense chegou a liderar, mas foi o penúltimo a receber a bandeirada de chegada.

Atual bicampeão da Fórmula Mundial, o francês Sebastien Bourdais (Newman/Haas Racing) ampliou a sua liderança no certame de 2006 ao vencer nesta segunda-feira (28/8) o GP do Canadá, 11ª etapa da temporada que havia sido interrompida no domingo devido Á s fortes chuvas e falta de visibilidade no circuito Gilles Villeneuve, em Montreal. Entre os brasileiros, Antonio Pizzonia (Rocketsports Racing) foi o 11º colocado e Bruno Junqueira (Newman/Haas Racing) chegou uma posição atrás. “Foi a corrida mais frustrante de toda a minha carreira. Uma prova para esquecer”, reclamou o amazonense, apesar de ter liderado e pontuado na corrida.

A prova teve inÁ­cio no domingo, mas foi interrompida na sétima passagem, devido Á s más condições de tempo. Ele foi reiniciada nesta segunda-feira, de acordo com a posição dos pilotos na sexta volta, com o norte-americano A.J. Allmendinger (Forsythe Championship Racing) na liderança, seguido de Bourdais, que havia largado da pole position e perdeu a posição ainda na segunda curva. Junqueira era o quinto e Pizzonia o décimo terceiro.

Os pilotos foram para a pista com pneus slicks, apesar da pista úmida. Eles deram duas voltas sob bandeira amarela e na décima volta foram liberados para competirem. Antonio Pizzonia já entrou na pista sem o seu rádio de comunicação estar funcionando, o que o deixou completamente sem qualquer informação. “Foi horrÁ­vel. A corrida da Fórmula Mundial é extremamente estratégica. É impossÁ­vel você correr sem rádio, você fica sem saber o que fazer. Não sabe a hora que pode acelerar, a hora de economizar combustÁ­vel, a hora de mudar a estratégica para parada no box. É frustrante demais”, desabafou o brasileiro que fazia a sua segunda corrida na categoria a convite da Rocketsports Racing.

Mesmo estando alienado durante a competição, Pizzonia chegou a assumir a liderança da prova na 50ª volta, quando Justin Wilson bateu na proteção de pneus e provocou uma bandeira amarela. A maioria dos pilotos aproveitou para fazer o pit stop, enquanto o manuara continuou na pista por mais duas voltas. “Liderei sem saber. A equipe não me sinalizou para entrar para o pit e acabei entrando quando não deveria, tinha que ficar na pista. Foi uma bagunça, nem com placas a equipe conseguiu trabalhar”, esbravejou Antonio. “Estou no carro para tentar andar bem. Não vim para cá para andar e terminar em último. O carro já não é aquelas coisas, e sem saber o que fazer …”, continuou. â€œÉ como se estivesse em um parque passeando, dando voltinhas em um carrinho só esperando completar o tempo para sair fora”, encerrou.

Pizzonia foi convidado pela Rocketsports para disputar o GP da Austrália em Sufers Paradise, no dia 20 de outubro, mas ainda não confirmou a sua presença. “Sou grato ao Paul Gentilozzi pelos convites que ele me fez. Vou ter que pensar com calma, não sei se vou aceitar novamente. Sei que não é todo dia que aparece uma oportunidade de correr em uma categoria top sem ter que levar patrocÁ­nio, mas a experiência foi muito ruim, realmente frustrante”, justificou Pizzonia.

A prova não chegou a completar as 72 voltas previstas e terminou por tempo, com 68 voltas completadas. A 12ª etapa da Fórmula Mundial será disputada dia 24 de setembro no circuito de Road América, em Elkhart Lake, Wisconsin, nos Estados Unidos.