ChampCar: Pizzonia testou em Portland

Apenas quatro dias após ter estreado na Fórmula Mundial, quando chegou a andar entre os cinco primeiros nas ruas de Long Beach, na Califórnia, Antonio Pizzonia (Rocketsports Racing) participou do segundo dia dos testes coletivos da categoria, no Portland International Raceway, no Oregon (EUA), preparatórios para a quinta etapa da temporada, no dia 18 de junho.

“A coisa boa deste teste foi ter aprendido a pista. É uma a menos para eu conhecer durante os treinos oficiais”, declarou o amazonense, que foi o 14º mais rápido entre 18 pilotos, com a marca de 58s723 para os 3,15 km do circuito, mesmo treinando só um dia. O mais rápido foi o francês bicampeão e atual lÁ­der Sebastien Bourdais (Newman/Haas Racing), com 57s335. Entre os outros brasileiros, Bruno Junqueira (Newman/Haas Racing) ficou em sexto lugar, com 57s842 e enquanto o ex-campeão Cristiano da Matta (Dale Coyne Racing) ficou em 13º, com o tempo de 58s650.

Como a Rocketsports Racing queria ser mais um time da Fórmula Mindial a testar o holandês Nicky Pastorelli, a equipe concentrou os seus esforços na quarta-feira em cima do ex-campeão Europeu de Fórmula 3.000 e piloto de testes da Jordan na Fórmula 1 no ano passado. Desta forma, Antonio Pizzonia só pode entrar na pista na quinta-feira, e no final do dia o brasileiro já era 0s645 mais rápido do que o europeu, mesmo enfrentando graves problemas com o seu carro. “Durante o dia inteiro tivemos problemas com o carro. A traseira balançava muito nas freadas, o carro escorregava muito de traseira no contorno das curvas, e na saÁ­da, não tracionava”, explicou o amazonense. “Só após encerrado os treinos, depois que tÁ­nhamos mexido no carro inteiro durantes os testes, é que os mecânicos descobriram que o diferencial autoblocante não funcionava, estava solto o tempo todo”, denunciou Pizzonia, visivelmente chateado por não ter conseguido dar voltas rápidas.

Antonio Pizzonia acredita que se tivesse treinado nos dois dias, poderia ter terminado os testes coletivos entre os sete mais rápidos. â€œÉ só imaginar que eu perderia o primeiro dia com os problemas que tive hoje, mas com a pista com mais grip e poderia ter andado mais, já que hoje ela esfriou e ficou muito lisa, talvez por causa de óleo, e muita gente bateu. E no segundo dia eu poderia acertar o carro e aproveitar melhor os três jogos de pneus novos que estavam a minha disposição. Eu poderia ter virado, seguramente, em 58s0, 57 segundos alto”, projetou o ex-piloto da Williams F1. “Mas não posso ficar lamentando. Afinal, eu nem ia participar deste treino por falta de patrocÁ­nio. É que eles gostaram do meu trabalho e quiseram fazer algumas comparações com os dois carros do time na pista, ao mesmo tempo”, observou o manauara.

A Fórmula Mundial retoma suas atividades entre 11 e 13 de maio, quando será disputado na noite de sábado o GP de Houston, segunda etapa do certame.