Copa Fiat: “Acidente foi sensação terrÁ­vel”, diz Zaccarelli

Piloto escapa sem arranhões de batida forte em BrasÁ­lia e elogia segurança do carro

Apenas com algumas dores musculares e manchas roxas pelo corpo, provocadas pela pressão do cinto de segurança, o paulista Mauri Zaccarelli escapou sem qualquer arranhão do grave acidente sofrido na segunda corrida da Copa Fiat domingo no autódromo de BrasÁ­lia. O companheiro de equipe de Christian Fittipaldi ficou sem freios no final da reta dos boxes, a uma velocidade estimada em 200 km/h, e acertou frontalmente a barreira de pneus. Com o forte impacto, o carro capotou, mas Zaccarelli conseguiu sair sozinho do cockpit.

Já de volta Á s atividades profissionais – é empresário da área de fundição de alumÁ­nio em Santo André, na Grande São Paulo -, Zaccarelli disse nesta terça-feira que passou pelo maior susto de sua vida. “O acidente foi uma sensação terrÁ­vel. Foi tudo muito rápido. Eu vinha em quinta marcha e, quando pisei no freio para fazer a curva, algo quebrou e o pedal travou. O máximo que consegui foi jogar três marchas para baixo e tentar reduzir o impacto. Depois que o carro parou com as rodas para cima, eu não sabia o que aconteceria. Bati no cinto e procurei me apoiar para não despencar de cabeça”, lembrou.

Zaccarelli, um dos estreantes da Copa Fiat em 2012, acredita que as consequências fÁ­sicas não foram piores por causa do excelente nÁ­vel de segurança do carro. “A proteção funcionou muito bem. E o posicionamento das barreiras de pneus também ajudou bastante”, explicou. “No ano passado, o José Vitte se machucou em Interlagos porque bateu de frente na parede na chicane da Subida do Café.” Conduzido pela equipe médica, Zaccarelli ficou duas horas em observação no ambulatório do autódromo, onde nada de mais sério foi constatado. Nesta quarta-feira, no entanto, mais por medida de precaução, vai se submeter a exames de imagem na capital paulista.

Embora a Fittipaldi Racing ainda não tenha uma avaliação completa dos danos, Zaccarelli disse que os reparos na lataria e no teto, além da verificação minuciosa do estado das longarinas, demandarão pelo menos 20 dias. “O carro será recuperado para a última etapa”, garantiu, confirmando presença na decisão do tÁ­tulo no Velopark (RS) nos dias 3 e 4 de novembro. Até lá, precisará dobrar a resistência da famÁ­lia, que assistiu Á  corrida pela TV. “Minha mulher e minha mãe ficaram desesperadas, mas procurei sinalizar imediatamente para a câmara e mostrar que estava bem. Se dependesse delas, eu não correria mais.”