Copa Fiat: Categoria entra na pista para treinos extras em Goiânia

Pilotos locais minimizam vantagem do conhecimento do circuito

Duas sessões de treinos extras com duração de 60 minutos cada – uma começando Á s 12 horas e outra Á s 15 h – abrem nesta sexta-feira a programação da segunda etapa da Copa Fiat no Autódromo Internacional Ayrton Senna, em Goiânia. A rodada dupla deste fim de semana marca a volta da capital do estado ao calendário das principais categorias automobilÁ­sticas nacionais cinco anos depois da passagem da GT3 pela cidade. De acordo com a expectativa dos organizadores, 22 carros – igualando o recorde alcançado na temporada inaugural de 2010 – deverão entrar na pista.

O campeonato está sendo liderado pelo bicampeão Cacá Bueno, vencedor da prova única do mês passado em Londrina. A exemplo da maioria dos pilotos, Cacá não anda em Goiânia há muito tempo – correu apenas na metade da década de 90 ainda na época da Stock Car Light. Em contrapartida, o trio de goianos da Copa Fiat acumula longas horas de experiência no traçado da Região Centro-Oeste e pretende aproveitar essa vantagem, embora acredite que ela tenha “prazo de validade” em função do elevado nÁ­vel dos concorrentes.

Na semana passada, Rogério Castro, Edson do Valle e Wellington Justino usaram o regional de turismo como treinamento para a Copa Fiat. Rogério mora tão perto do circuito que almoça em casa em dias de treinos e corridas. “É o meu quintal”, resume. “Ele é o verdadeiro piolho de autódromo”, brinca Edson do Valle, que treinou mas não conseguiu largar por causa da quebra do carro. Justino, que disputou as 10 etapas já realizadas, chegou em segundo lugar.

Os três alimentam uma expectativa positiva. Rogério, por exemplo, correrá pela primeira vez em seus domÁ­nios uma prova válida por brasileiro. Admite, mas relativiza. a importância do conhecimento do circuito. “Podemos começar melhor, mas esse pessoal é tão bom que em 10 voltas está pegando a mão. Acho que saÁ­mos na frente em relação ao acerto, porque conhecemos os macetes. Conheço cada rachadura do asfalto”, lembra. Edson do Valle estima que a desvantagem dos rivais será ainda mais curta. “Rogério está subestimando a galera. Eles só precisarão de duas ou três voltas para se achar”, contrapõe. Justino identifica até os pontos em que se ganha ou perde tempo em Goiânia. “Os pontos cruciais são a curva de entrada da reta, a do final e a da saÁ­da do esse. Temos aqui uma curva de alta, uma de baixa e outra de média. Ou seja, quem acertar o carro para esses três pontos estará bem na fita.”

Rogério vai além dos colegas em matéria de otimismo. “O campeonato, de fato, começa aqui e penso até no pódio. Para conseguir isso, tenho de ser competitivo desde o inÁ­cio.” Edson do Valle prefere teorizar sobre a importância do acerto. “Os pilotos da Copa Fiat são profissionais com uma leitura muito apurada do traçado. Nossa vantagem é começar um pouco Á  frente em termos de acerto.” Justino, que foi o melhor goiano com o 5º lugar em Londrina, agora sonha mais alto. “Fomos bem mesmo tendo problemas e só colocando os pneus novos no treino classificatório. Aqui, estou achando que estarei na briga pela pole”, avisa.

Ingressos estarão disponÁ­veis a partir de sábado no autódromo, na base de troca por dois quilos de feijão e arroz que serão repassados a entidades assistenciais conveniadas ao Governo do Estado. Os torcedores que forem domingo ao autódromo concorrerão a um Fiat Uno Vivace 0K logo após a segunda bateria da Copa Fiat.