Dakar: Rally Dakar dá largada simbólica em Buenos Aires

Centenas de corredores se preparam nesta sexta-feira para iniciar amanhã o Rally Dakar, que pela primeira vez será fora do continente africano. Terá inÁ­cio nos arredores de Buenos Aires e continua até o dia 18 de janeiro, em um roteiro que compreende vários terrenos de Argentina e Chile.

Várias avenidas e ruas do centro de Buenos Aires foram fechadas ao trânsito para a saÁ­da “simbólica” do rali, que aconteceu nesta sexta-feira.

Assim, os poderosos motores das mais de 500 máquinas que participarão da espetacular competição já começaram a ser ouvidos na ante-sala da largada da competição, criada há três décadas, mas que pela primeira vez acontece na América do Sul.

Os concorrentes realizam nesta sexta-feira um percurso entre o Obelisco e a sede do Parlamento argentino, terminando na zona norte da cidade, de onde largarão no sábado para iniciar o primeiro trecho de 733 quilÁ´metros até a cidade argentina de Santa Rosa.

Durante 15 dias, automóveis, motos, quadriciclos e caminhões percorrerão um total de 9.574 km, nos quais enfrentarão com planÁ­cies, estepes, montanhas, dunas e deserto, o que transformará a corrida em um desafio tão exigente como imprevisÁ­vel.

“A corrida promete muita aventura. Espero que a organização tenha previsto a grande quantidade de público que vai haver, por exemplo, em lances como no de Córdoba (Argentina), onde são fanáticos e apaixonados pelo automobilismo”, disse o piloto espanhol Carlos Sainz, bicampeão mundial de rali e membro da equipe oficial Volkswagen.

Os participantes desta competição asseguram que se requer capacidade de manejo, resistência fÁ­sica e mental e regularidade para alcançar um lugar destacado neste rali, que em sua edição de 2008 foi suspensa horas antes do começo devido Á  ameaça terrorista que a Al Qaeda lançou Á  corrida em sua passagem pela Mauritânia.

A competição terá um orçamento de 13 milhões de euros e que gerará 670 horas de difusão televisiva no mundo, o que desponta como uma boa oportunidade para promover paisagens turÁ­sticas de ambos os paÁ­ses, segundo disseram fontes oficiais.

Mais de 500 equipes farão parte da prova, na qual participarão 227 motos, 28 quadriciclos, 183 carros e 84 caminhões, com representantes de 49 nacionalidades.

A Mitsubishi, ganhadora das últimas sete edições, aparece como o principal candidato a triunfar na categoria automóveis, liderado pelos franceses Stéphane Peterhansel e Jean-Paul Cottret.

Nas motos, as maiores possibilidades de vitória recaem no espanhol Marc Coma e nos franceses Cyril Despres e David Casteau, todos com a KTM, a marca austrÁ­aca que também tem sete vitórias consecutivas.

O holandês Hans Stacey, com a MAN, e o russo Vladimir Chagin, com a Kamaz, completam o grupo de favoritos no comando dos potentes caminhões que participam da competição.

Um espanhol, VÁ­ctor Vico, será com 19 anos o caçula da prova, que terá no piloto de automóveis argentino Orly Terranova e no motorista chileno Francisco ‘Colete’ López os concorrentes locais com melhores perspectivas.

A competição terá no total 14 etapas, nove delas na Argentina, três no Chile e duas em ambos os paÁ­ses.

O rali, que será custodiado por cerca de 2 mil oficiais de segurança, atravessará as provÁ­ncias argentinas de Buenos Aires, La Pampa, Chubut, RÁ­o Negro, Neuquén, Mendoza, Catamarca, La Rioja e Córdoba, enquanto no Chile percorrerá ValparaÁ­so, La Serena e Copiapó.

Fonte: EFE