DTM: Brasileiro fala sobre teste com Audi RS5 na Áustria

Piloto da Audi no programa de Protótipos, o brasileiro Lucas di Grassi, teve sua primeira experiência a bordo do carro da marca no DTM pouco antes de viajar ao Brasil para acompanhar a Le Mans 6 Horas de São Paulo como embaixador da Audi.

O brasileiro disputou três provas neste ano (12 Horas de Sebring, 6 Horas de Spa e 24 Horas de Le Mans) pelo programa de Protótipos da fabricante alemã, e terminou todas no pódio em terceiro lugar, tendo sido o melhor estreante da tradicional prova francesa.

Após sua primeira experiência a bordo do Audi RS 5, carro da marca das quatro argolas no DTM, ele responde a três perguntas sobre os três dias em que ele esteve no comando do modelo. O teste aconteceu no circuito Red Bull Ring, na Áustria.

Como foi seu primeiro teste com o carro da DTM?
Foi uma grande experiência e pela qual eu sou muito agradecido Á  Audi. Pela primeira vez estive no Red Bull Ring e o RS 5 DTM é um carro fascinante. Já me senti em casa com ele depois de pouquÁ­ssimo tempo guiando e não levou muito tempo para que eu já encontrasse o limite. O DTM é um campeonato de altÁ­ssimo nÁ­vel e obviamente o RS 5 DTM requer uma técnica de pilotagem toda especial. Foi uma pena que o tempo instável atrapalhou nossos planos. A comparação de tempos foi inconclusiva por causa das condições climáticas que estavam variando muito. Mesmo assim, foi uma experiência extremamente positiva.

Na sua carreira você cresceu pilotando monopostos e está nos protótipos há apenas um ano. Na comparação, como é guiar o carro da DTM?
Acho que não há nenhuma outra categoria de carros turismo no mundo que se assemelhe ao protótipo de Le Mans do que este DTM. O RS 5 DTM tem muita pressão aerodinâmica e é relativamente leve também. Os freios são absolutamente impressionantes. Graças aos discos de carbono e ao alto downforce, o piloto pode frear bem tarde e o carro permanece estável. Foi muito legal ver que eu e o Mattias EkstrÁ¶m compartilhamos as mesmas impressões sobre o carro. Nossa técnica de pilotagem e a avaliação que passamos aos engenheiros foram bem parecidas.

Seu futuro está ligado ao DTM?
Não, porque uma das razões de eu ter realizado o teste é que apenas estreantes têm permissão para testar – e no DTM eu era um estreante, obviamente. Tenho um contrato com a Audi e estou inteiramente identificado com o programa de protótipos para o qual estou novamente escalado para o ano que vem. Espero que a combinação da minha experiência na Fórmula 1 e na LMP, e as avaliações que passei aos engenheiros, tenham ajudado meus colegas de DTM pelo menos um pouco – embora todos saibam que a equipe e os pilotos são do mais alto nÁ­vel e que sabem exatamente o que estão fazendo, e que estão sob contrato com a Audi para o programa do DTM.