F-3000: Vice-campeão no ano de estréia, Diego já pensa no próximo desafio

Melhor novato da temporada européia, o piloto brasileiro Diego Nunes avalia as opções para dar continuidade Á  carreira internacional.

O paulista Diego Nunes (Chocolates Garoto/Negresco) terminou a temporada 2007 em alta. No primeiro ano que competiu no exterior, o piloto de 21 anos destacou-se não apenas pelos excelentes resultados mas também por tomar as decisões certas em um esporte cada vez mais complicado, caro e polÁ­tico para seus jovens aspirantes. No último final de semana, Nunes participou da rodada dupla final do Campeonato Europeu de Fórmula 3000 – disputado por carros que tecnicamente se emparelham com os GP2, que por sua vez são o último teste antes de o piloto chegar Á  Fórmula 1. Nas corridas disputadas em Barcelona (Espanha) e válidas pela 15ª e 16ª etapas, Diego obteve uma vitória e um segundo lugar, somando pontos que garantiram ao estreante com folga o vice-campeonato e também a condição de melhor novato da temporada.

Diego competiu em 2007 pela equipe Minardi-Piquet. No total, já em seu ano de estréia o brasileiro somou nada menos que dez pódios em 16 corridas, com quatro vitórias (25% do total), três segundos lugares e três terceiros, em um desempenho bastante elogiável para um novato. “Foi mesmo um bom ano e acho que tomamos a decisão mais acertada no começo da temporada, quando optamos pela F-3000 em lugar da GP2”, diz o piloto da Chocolates Garoto/Negresco. “Foi uma boa estratégia, pois pude compensar algumas desvantagens em relação aos pilotos europeus: conheci pistas que tanto a GP2 quanto a F-1 utilizam, e ainda treinei bastante o controle de um carro tecnicamente parelho ao GP2, que deve ser a próxima categoria na qual vou competir”.

Planos em andamento – Como todo piloto jovem e com potencial, Diego Nunes sonha em chegar Á  Fórmula 1. Para tanto, atualmente o melhor caminho é passar pelo Campeonato Mundial de Fórmula GP2. “Nunca houve uma categoria tão observada pelos chefes de equipe da Fórmula 1 para descobrir novos talentos. Então, essa é a vitrine que tenho que buscar”, diz Diego.

“Eu já tenho tido contatos com as equipes da GP2 desde meados do ano”, revela o piloto brasileiro. “Então, acho que estou bem encaminhado, com os planos em andamento e bastante adiantados. No entanto, é bom estar ciente de que a GP2 é uma categoria muito difÁ­cil. Raramente um estreante faz algo notável, pois praticamente não há treinos – inclusive nos finais de semana de prova, quando os carros pouco vão para a pista antes das corridas. Então, todo mundo sabe que este é um projeto que provavelmente vai durar dois anos. No primeiro, você aprende sobre o carro, pistas etc. No segundo, se tiver condições, tenta as vitórias e o tÁ­tulo. Mas eu acho que consegui adiantar bastante este aprendizado competindo na F-3000”.