F-Master: Caminho de novatos e experientes para a Fórmula 1

Ex-campeão brasileiro de kart é o mais jovem piloto da categoria.

O caminho natural de todo bom piloto brasileiro depois que desponta no kartismo é passar a competir de monopostos em alguma categoria nacional ou internacional. Uma das competições que vem atraindo jovens competidores de todo o mundo é a Fórmula Master. “A categoria é uma excelente opção para quem pretende começar a carreira no automobilismo internacional. O carro é bom, com bastante tecnologia, e não é difÁ­cil de guiar”, afirma o brasileiro Octávio Freitas (Cloe/Selenia/HMI/Vip), ex-campeão brasileiro de kart representando o estado de Tocantins.

Criada em 2007, a Fórmula Master é uma categoria intermediária entre a Fórmula 3, maior reveladora de talentos da história do automobilismo, e a GP2, último passo antes da Fórmula 1. “Isso ajuda muito o piloto que pretende seguir carreira no automobilismo. O carro é sabidamente bem nascido, e agrega segurança, velocidade, boa aerodinâmica, bons pneus e tecnologia de ponta”, afirma Octávio Freitas. O chassi italiano Tatuus se enquadra nas normas da FIA para a F3, enquanto a parte eletrÁ´nica do carro é idêntica Á  da GP2, inclusive o câmbio com troca de marchas no volante, por borboleta. Os motores são Honda 2.0, que geram mais de 250 hp.

A temporada composta por 16 etapas, acontece em sistema de rodadas duplas, sempre como preliminar das provas européias do FIA WTCC, o Campeonato Mundial de Carros de Turismo, e são televisionadas pela Eurosport e pelo site oficial da categoria (www.formulamaster.net). “Isso garante sempre muito público e visibilidade nas corridas”, afirma o piloto que aos 16 anos de idade foi o mais jovem a integrar a categoria neste ano. O campeonato tem provas na Espanha (Valência), França (Pau), República Tcheca (Brno), Portugal (Estoril), Inglaterra (Brands Hatch), Alemanha (Oschersleben) e Itália (Imola e Monza).

Com um pacote de alto nÁ­vel técnico a bons custos, a Fórmula Master conta com 30 pilotos do mundo inteiro, representando 16 paÁ­ses, alguns deles que inclusive já testaram carros de Fórmula 1, caso do alemão Michael Ammermuller. “Aqui tem pilotos de todos os lugares do mundo. Só para se ter uma idéia, os 12 primeiros do campeonato são de 12 paÁ­ses diferentes. Por isso a competitividade é forte”, garante o mineiro de Uberlândia. Neste ano, além de Freitas, o brasileiro Carlos Iaconelli também fez provas na categoria.

Os prêmios distribuÁ­dos aos destaques da temporada também impressionam. O campeão ganha um teste na equipe Honda de Fórmula 1, enquanto o vice-campeão poderá testar com o time italiano Trident na GP2. Já o terceiro colocado, poderá experimentar um carro da N.Technology no WTCC. Já o melhor estreante e a melhor dupla da temporada, terão a oportunidade de um teste com a equipe Cheever, na Indy Lights e na Grand-Am, respectivamente. “Esse é mais um dos muitos motivos de a categoria juntar pilotos novatos com outros experientes e campeões de outras modalidades, como Fórmula 3000, World Series, Fórmula 3, Fórmula Renault”, finaliza Octávio.

A última rodada dupla da competição acontece nos dias 4 e 5 e outubro, no autódromo de Monza, na Itália.

A duas etapas do fim, assim está a tabela de pontuação da Fórmula Master:

1) Chris van der Drift (NZL), 83 pontos
2) Michael Ammermuller (ALE), 70 pontos
3) Fabio Leimer (SUI), 61 pontos
4) Harald Schlegelmich (LET), 42 pontos
5) Vladimir Arabadzhiev (BUL), 29 pontos
6) Kasper Andersen (DIN), 27 pontos
7) Sergey Afanasiev (RUS), 25 pontos
8) Arturo Llobell (ESP), 24,5 pontos
9) Norbert Siedler (AUT), 22 pontos
10) Josef Kral (RTC), 21 pontos
11) Marcello Puglisi (ITA), 19 pontos
12) Pablo Sanchez Lopez (MEX), 14,5 pontos
13) Daniel Mancinelli (ITA), 13 pontos
14) Earl Bamber (NZL), 12 pontos
15) Tim Sandtler (ALE), 10 pontos
15) Alejandro Nunez (ESP), 10 pontos
17) Michael Meadows (GBR), 9 pontos
18) Esteban Gutierrez (MEX), 8 pontos
19) Alberto Costa (ITA), 7 pontos
19) Yuhi Sekiguchi (JAP), 7 pontos
21) Frankie Provenzano (ITA), 4 pontos
22) Filip Salaquarda (RTC), 3 pontos
22) Matei Mihaescu (ROM), 3 pontos
24) Michele Caliendo (ITA), 2 pontos
25) Fabrizio Crestani (ITA), 0,5 ponto