F1: Bruno Senna vÁª abismo tecnológico Á s vésperas do GP da Coreia

“As grandes equipes se prepararam no simulador; eu, no videogame”, diz piloto brasileiro

A estreia da Coreia do Sul no mapa da Fórmula 1 neste final de semana não contribuirá em nada para reduzir o profundo abismo entre as equipes grandes e seus orçamentos milionários e as novatas mergulhadas em dificuldades financeiras. Essa é a avaliação de Bruno Senna, que corre pela estreante HRT F1 e tinha viagem marcada para a Ásia nesta segunda-feira. “O fato de a pista ser novidade para todos não vai mudar coisa alguma. Não apenas porque o nÁ­vel dos pilotos da Fórmula 1 é elevado, mas principalmente por causa da disparidade de forças. Os pilotos das grandes se prepararam para a prova em simuladores modernos; eu fiquei em casa no fim de semana treinando no Playstation”, lembrou.

Bruno admitiu que, dos males o menor, o videogame tem importância. “É possÁ­vel conhecer o traçado, saber para que lado viram as curvas, mas não é o mesmo que treinar no simulador, que reproduz as condições da pista com quase 100% de fidelidade”, explicou. Pelo que foi possÁ­vel perceber das caracterÁ­sticas do circuito de Yeongam, Bruno acredita que a equipe espanhola voltará a conviver com as rotineiras dificuldades que vem enfrentando desde a abertura do calendário em março no Bahrein. “As três primeiras curvas são meio que um grampo. Depois é que começam as trocas rápidas de direção em curvas velozes. Não é o que o nosso carro gosta. Se o asfalto novinho for liso, menos mal; se estiver ondulado, complicará ainda mais para nós.”

Na reta final da temporada, Bruno acha que a Red Bull tem tudo para confirmar o favoritismo nas três provas derradeiras do campeonato. “Todas as pistas que faltam são favoráveis Á  Red Bull, embora o Alonso tenha uma boa chance no Brasil porque a Ferrari se dá muito bem em Interlagos. Será uma briga interessante para o torcedor brasileiro acompanhar”, afirmou. Bruno disse ainda que apostaria suas fichas no australiano Mark Webber se tivesse de apontar o candidato mais forte ao tÁ­tulo. “Ele tem uma margem expressiva de 14 pontos sobre o Sebastian Vettel e o Alonso. É só saber administrar essa vantagem”, concluiu.