F1: Di Grassi faz boa corrida em Spa

Brasileiro aguarda decisão dos comissários sobre ultrapassagem irregular de Heikki Kovalainen na chicane Bus Stop

Se alguma previsão pode ser feita sobre o circuito de Spa-Francorchamps, é de que as corridas serão disputadas. E não foi diferente na manhã deste domingo (29), durante a 13ª etapa do Mundial de Fórmula 1. Com a chuva caindo no inÁ­cio e depois nas voltas finais da corrida, a vitória ficou com o inglês Lewis Hamilton, da McLaren.

Entre as equipes estreantes, por pouco a “vitória” não ficou com o brasileiro Lucas Di Grassi (Clear, Sorocred, Locaweb, Eurobike, Schioppa), que com a 17ª colocação foi o segundo melhor piloto entre as equipes novatas da F1 – e mais uma vez Á  frente de seu experiente companheiro de equipe, o alemão Timo Glock.

Di Grassi ficou atrás da Lotus do finlandês Heikki Kovalainen, que ganhou a 16ª posição em uma manobra controversa. “O Heikki cortou a chicane para me passar a cinco voltas do final, exatamente da mesma maneira que o (Jaime) Alguersuari fez em cima do (Vitantonio) Liuzzi”, narrou. “A diferença é que o Alguersuari foi punido com 20 segundos em seu tempo de prova pelos comissários, e nada foi feito a respeito do Kovalainen”, comparou Di Grassi, que ainda aguarda uma decisão dos comissários de prova do GP da Bélgica, desta vez chefiados pelo inglês Nigel Mansell, campeão mundial de 1992. “Do meu ponto de vista ficou bem claro que ele cortou a chicane e levamos isso Á  atenção dos fiscais de prova. Espero que algo seja feito”.

A manobra se deu na Bus Stop, última curva antes da reta dos boxes. Apesar do resultado ainda não confirmado, Lucas se diz satisfeito e celebrou seu ritmo de corrida, que o colocou Á  frente dos carros da Lotus mesmo tendo largado da 22ª posição. “Tivemos uma boa corrida, apesar da classificação de sábado ter sido arruinada depois que o (Jarno) Trulli acertou o meu carro. Tivemos muito mais trabalho, mas o nosso ritmo foi muito bom durante toda a prova”, afirmou o brasileiro.

“A corrida foi muito boa, porém muito difÁ­cil”, atestou o estreante brasileiro. “A pista estava meio seca, meio molhada, e isso variava muito. E como o circuito é muito grande (tem 7.004 metros de extensão), eu passava em uma curva que estava seca, e na volta seguinte ela estava encharcada. Então era necessário ter muito cuidado, concentração e precisão”, lembrou o piloto.

Mesmo durante os instantes iniciais da prova, em que vários pilotos optaram pela substituição dos pneus de pista seca para os intermediários, Di Grassi manteve-se na pista acreditando que a chuva seria passageira. A estratégia se mostrou acertada, e o piloto realizou somente uma parada, nas voltas finais da prova, quando a chuva voltou com mais força e encharcou a pista.

“As condições eram difÁ­ceis por causa do clima que mudava a todo instante. A equipe fez um trabalho excelente ao me chamar para os boxes no momento certo e escolhendo os pneus mais apropriados Á  situação. No fim das contas, foi uma boa corrida, e estou satisfeito com o meu desempenho e o da equipe”, disse.

A 14ª etapa do campeonato é o Grande Prêmio da Itália, disputado sempre no tradicional circuito de Monza, no dia 12 de setembro.