F1: Discreto, Rubinho muda foco e só pensa em vencer no Brasil

As duas últimas etapas da Fórmula 1 caÁ­ram como uma ‘ducha de água fria’ na cabeça de Rubens Barrichello. Ainda que não chegue a admitir publicamente, o brasileiro indicou um certo conformismo ao fim do Grande Prêmio do Japão e mudou o foco, deixando de falar diretamente em tÁ­tulo para mirar ‘somente’ a vitória no Brasil.

Nas três provas disputadas entre 23 de agosto e 13 de setembro, Rubinho impÁ´s uma grande sequência e levou a vantagem que Jenson Button ostentava na ponta do Mundial a cair de 26 para 14 pontos. Em Cingapura e Suzuka, entretanto, essa distância estacionou, visto que os companheiros andaram muito colados em ambas as ocasiões.

Nesse contexto, o brasileiro parou de pensar no campeonato como um todo e se focará de corrida em corrida nos próximos dois fins de semana nos quais ainda tem trabalho, no Brasil e em Abu Dhabi. “A próxima prova é em casa e ficarei feliz se vencer. Tomara que possa também manter minhas chances vivas”, projetou em entrevista Á  rede britânica BBC.

Para brilhar em Interlagos, novamente o piloto terá de superar um histórico negativo, já que em 16 exibições no autódromo coleciona 11 abandonos e um único pódio, obtido em 2004 com um terceiro lugar. Caso queira impedir o tÁ­tulo antecipado de Button, precisa marcar cinco pontos a mais que o parceiro de Brawn GP.

Em Suzuka, a decisão final quanto Á s punições aplicadas no treino classificatório parecia ter deixado Barrichello em uma grande posição para continuar a ‘caça’ ao inglês. Porém, o homem que largou na sexta posição acabou terminando em sétimo, imediatamente Á  frente do colega. “Nunca estive satisfeito com o acerto do carro, e Kimi Raikkonen rendia muito mais que eu”, argumentou o paulista. Durante a etapa, ele só chegou a ameaçar o finlandês, que começou em quinto, na largada, mas naquele momento preferiu ser cauteloso e não arriscar uma ultrapassagem.

Apesar desse contexto, o vice-lÁ­der da Fórmula 1 garantiu ter sido “agressivo” e realizado o máximo possÁ­vel. Na soma de tudo, preferiu ver as coisas pelo lado positivo, pois descontou um ponto da vantagem de Button. “Fiz o que tinha de fazer, com uma grande volta no qualifying para ficar Á  frente dele. No fim do dia, quando você não está feliz com o carro tem dificuldades e não gira rapidamente”.

Fonte: Gazeta esportiva.Net