Encerrada a temporada 2008 da Fórmula 1, as escuderias deixam de lado a disputa esportiva e entram no campo administrativo. As equipes pretendem exigir uma fatia maior das receitas da categoria, pois estão irritadas com uma dÁvida acima de 5 bilhões de euros – o que gera 230 milhões de euros por ano em juros.
As equipes resistem Á s intenções da FIA, que pretende impor uma série de medidas para reduzir os custos. O primeiro passo veio na semana passada, com a discussão sobre a adoção ou não do motor padrão na Fórmula 1.
Segundo uma análise de contas de uma empresa do Reino Unido, a CVC Capital, que comprou o esporte a partir de um consórcio de bancos, há dois anos, obteve mais de US$ 2,4 bilhões em empréstimos bancários. Além disso, foram quase US$ 2,6 bi de empréstimos do CVC, embora a empresa insista que não irá fazer valer o reembolso da dÁvida, uma vez que este só age como um mecanismo padrão de redução de impostos.
O fato de pagar os empréstimos com US$ 229,6 mi de juros – o equivalente a quase metade da distribuição central para as equipes – tem consternado as equipes. “Muitas equipes estão irritadas”, disse um membro da Associação de Equipes da Fórmula 1 (Fota, em inglês) ao jornal britânico The Guardian.
“Temos bancos, companhias petrolÁferas, instituições financeiras e empresas farmacêuticas como patrocinadores. Temos levantado esse dinheiro. Porque é que temos de continuar a cortar custos? O esporte acumula muito dinheiro”, completou.
Diante dos problemas financeiros, as equipes querem voltar Á mesa de negociação com os operadores comerciais do esporte, liderados por Bernie Ecclestone, que tem procurado locais mais exóticos para receber corridas da Fórmula 1, como Bahrein e Cingapura, que rendem maiores receitas Á Fórmula 1.
Fonte: Terra