F1: Ecclestone defende ditaduras e elogia nazista Adolf Hitler

Proprietário dos direitos comerciais da Fórmula 1, o britânico Bernie Ecclestone concedeu uma polêmica entrevista ao jornal The Times. O dirigente defendeu os regimes totalitários e elogiou o nazista Adolf Hitler, responsável pelo regime que exterminou milhões de pessoas.

“Apesar de que dizer isso pode ser terrÁ­vel, tirando que Hitler se deixou levar em um determinado momento e fez coisas que não sei se realmente queria fazer ou não, o certo é que estava em posição de mandar em muitos e conseguir que as coisas fossem feitas”, afirmou.

Na iminência da derrota na Segunda Guerra Mundial, Hitler cometeu suicÁ­dio em 1945. “No final, ele se perdeu. Então, não foi um bom ditador, porque ou ele sabia o que estava acontecendo e insistiu nisso, ou simplesmente foi condescendente. De qualquer maneira, não se comportou como um ditador”, disse Ecclestone.

O proprietário dos direitos comerciais da principal categoria do automobilismo ainda criticou a democracia. “Os polÁ­ticos estão muito preocupados com as eleições”, afirmou. Para ele, os regimes democráticos “não fizeram muitas coisas boas para muitos paÁ­ses”, incluindo a Inglaterra.

Ecclestone condenou a polÁ­tica adotada pelos Estados Unidos na gestão de George W. Bush, que costumava contar com apoio britânico. “Eliminar o Sadam Hussein foi uma má ideia. Ele era o único que podia controlar esse paÁ­s (o Iraque). Acontece o mesmo com o Talebã”, declarou, antes de usar a ironia.

“Nos metemos em paÁ­ses sem ter nem ideia de suas culturas. Os norte-americanos talvez pensassem que a Bósnia era uma cidade de Miami. Tem gente que morre de fome na África e não fazemos nada. No entanto, nos metemos em coisas em que não deverÁ­amos”, argumentou.

O dirigente elogiou lÁ­deres como personalidade forte, como a ex-premiê britânica Margaret Thatcher, e criticou os polÁ­ticos da atualidade. “Ela estava continuamente tomando decisões e conseguia que as coisas fossem feitas”, disse. “Gordon (Brown) e Tony (Blair) tratam de agradar a todos ao mesmo tempo”, completou.

Segundo Ecclestone, Max Mosley, filho do lÁ­der fascista britânico Oswald Mosley e presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), seria um bom primeiro ministro. O mandatário, por sinal, foi acusado pelas equipes de atuar de forma ditatorial pelas equipes.

Fonte: Gazeta Esportiva.Net