F1: Emocionado, Emerson lembra indignação do pai com fim de Jacarepaguá

Com a voz embargada, Emerson Fittipaldi destacou o pai como um “guerreiro” e um “vencedor” na manhã desta segunda-feira, em entrevista Á  rádio Jovem Pan. Wilson Fittipaldi, conhecido como “barão” e patriarca da famÁ­lia Fittipaldi, morreu na última madrugada, aos 92 anos. Ele foi internado no hospital Copa D’Or, no Rio de Janeiro, em 25 de fevereiro, com problemas respiratórios.

Segundo Emerson, o pai já sofria com problemas respiratórios há algum tempo e também por isso se mudou para o Rio de Janeiro “sete ou oito anos atrás”. “Nos últimos meses estávamos tentando levá-lo de volta para São Paulo para ficar mais perto da famÁ­lia, mas ele dizia: ‘não saio do Rio, quero ter meus últimos dias aqui’”, disse o ex-piloto da Lotus e da McLaren.

E acordo com o filho, Wilson “estava muito consciente e conseguiu manter ideias claras até os últimos momentos”. Emerson ainda lembrou uma crÁ­tica recente do pai, feita durante uma homenagem preparada pela Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) em setembro passado. “Pediram algumas palavras, e ele pegou o microfone e falou: ‘estamos muito aborrecidos porque estão destruindo o autódromo do Rio e tem que fazer um novo. Quando vamos ter um autódromo aqui?’. Ele passou a vida inteira falando de automobilismo”, disse Emerson. O Parque OlÁ­mpico dos Jogos de 2016 está sendo construÁ­do onde era localizado o Circuito de Jacarepaguá.

Wilson trabalhou durante décadas na rádio Panamericana (atual Jovem Pan). Apaixonado por corridas de carros e motos desde muito jovem, ele narrou a prova do primeiro tÁ­tulo mundial de Emerson na Fórmula 1, em 1972, e foi também fundador da CBA. O velório do patriarca da famÁ­lia Fittipaldi será realizado no fim desta tarde, no Cemitério da Paz, no Morumbi, zona sul de São Paulo. O enterro está marcado para o mesmo local, por volta das 14h (de BrasÁ­lia) desta terça-feira.

Fonte: Terra