F1: Jornal inglÁªs revela que equipes não querem ir ao Bahrein

A pressão para o cancelamento do GP do Bahrein continua crescendo com manifestações de polÁ­ticos ingleses, de pessoas ligadas ao automobilismo, como o campeão de 1996, Damon Hill, e protestos contra a corrida que acontecem no paÁ­s do Oriente Médio.

O jornal inglês “The Guardian” revela nesta segunda-feira que os times também não querem ir para a prova. Um chefe de equipe conversou de forma anÁ´nima com a publicação, dizendo que não se sente “confortável” em viajar ao Bahrein.
“Se eu for brutalmente franco, a única maneira de eles realizarem essa corrida é com uma forte intervenção militar lá. E acho que isso seria inaceitável, tanto para a F1 quanto para o Bahrein. Não vejo outra maneira de eles fazerem isso”, declarou o dirigente.
“Outros chefes de equipe estão com a mesma preocupação. Passei toda a semana passada garantindo que o seguro esteja correto para tranquilizar os times. Eu mandei um e-mail para nosso departamento legal para garantir que todos os nossos funcionários estejam cobertos em caso de ações de terrorismo e desordem civil enquanto estejam viajando, durante e na volta do GP do Bahrein.”
Ele até mesmo sugere que a corrida, apesar de estar marcada para daqui apenas 12 dias, seja adiada ou cancelada por falta de segurança.
“Temos muita gente. Nossa primeira e mais importante prioridade tem de ser nossos empregados e suas famÁ­lias. A melhor coisa seria adiar a corrida para o final do ano ou até mesmo cancelá-la. Mas esta decisão precisa ser tomada pela FIA [Federação Internacional de Automobilismo], FOM [Formula One Management, empresa que administra a parte comercial da categoria] e o detentor dos direitos comerciais [Bernie Ecclestone].”
Também nesta segunda-feira, outro jornal inglês, o “The Times”, afirma que os times compraram duas opções de passagens para a dobradinha dos GPs da China e do Bahrein, nos dois próximos finais de semana, com uma alternativa para que os funcionários retornem para a Europa direto do paÁ­s asiático em caso da prova no Oriente Médio ser cancelada.Â