F1: Missão cumprida: Bridgestone faz seu último GP do Brasil

Completando 14 anos de fornecimento de pneus, marca promove coletiva com brasileiros que competirão em Interlagos.

O Grande Prêmio do Brasil é a 18ª e penúltima etapa do Campeonato Mundial de Fórmula 1, e será a penúltima corrida da Bridgestone como fornecedora oficial da maior categoria do automobilismo mundial após 14 anos de colaboração. A empresa, que se despede do circo – mas continua focada em outras categorias como a Fórmula Indy, Fórmula Nippon e Mundial de MotoGP, entre outras – reuniu os pilotos brasileiros Felipe Massa, da Ferrari, Lucas Di Grassi, da Virgin, e Bruno Senna, da Hispania, em uma coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (3) em São Paulo para falar sobre suas expectativas em correr diante da torcida brasileira neste final de semana.

“Foram 14 anos na Fórmula 1, e sem dúvida a categoria tem sido um laboratório fantástico para o desenvolvimento de nossos pneus no que diz respeito Á  tecnologia, inovação, performance e segurança. Utilizamos a F1 como plataforma de comunicação, e tivemos resultados excelentes em relação Á  imagem da marca, bem como no Á­ndice de vendas. Estes anos foram muito bons para todos nós”, afirmou Marco AntÁ´nio Carneiro, diretor de marketing e vendas da Bridgestone do Brasil.

Hiroshi Yasukawa, diretor da Bridgestone Motorsport – área direcionada Á s competições -, ressaltou os benefÁ­cios em termos tecnológicos para a marca. “Os benefÁ­cios trazidos pela Fórmula 1 foram muito amplos em termos de reconhecimento da marca e principalmente porque soubemos utilizar esta ferramenta para desenvolver tecnologia. Tudo isso graças Á  F1, que tem um impacto muito forte no mundo todo”, comentou.

“Principalmente na área de competição desenvolvemos a tecnologia de compostos para trazer boa aderência aos carros, e ela se aplica a casos em que é exigida muita resistência. E estes atributos foram muito bem concebidos na Fórmula 1, em todo tipo de condição climática”, destacou Hiroide Hamashima, diretor de desenvolvimento de pneus da Bridgestone Motorsport, frisando que toda a pesquisa teve como objetivo beneficiar os pneus vendidos ao consumidor.

“Agora vamos direcionar nossos esforços para outras áreas, investindo no desenvolvimento de pneus que tragam economia de combustÁ­vel, ajudando o meio-ambiente. Gostaria de agradecer aos fãs da Fórmula 1 que nos acompanharam, bem como aos pilotos, as equipes e todos os profissionais. Acredito que juntos construÁ­mos uma história de sucesso ao longo destes 14 anos”, encerrou.

Expectativas – Dos três brasileiros presentes Á  coletiva, apenas um já havia corrido de Fórmula 1 em Interlagos. E mais do que isso, Felipe Massa venceu duas vezes em São Paulo. “Interlagos foi onde a gente começou. Disputamos muitas corridas aqui. Eu adoro essa pista, porque nas provas da Fórmula 1 que disputamos aqui vemos muitas ultrapassagens. A pista tem subida, descida, curvas variadas como o S do Senna, Laranjinha, Mergulho, Junção… Então guiar aqui me traz muito prazer. A parte que eu mais gosto é a parte inicial, do S do Senna até o Laranjinha. Depois, a gente entra em uma parte bem lenta e técnica, então eu gosto mais do primeiro trecho”, afirmou o piloto da Scuderia Ferrari Marlboro.

Para Lucas Di Grassi, da Virgin Racing, a expectativa é aproveitar cada momento do final de semana. “Para um piloto em seu primeiro ano na Fórmula 1, que é o meu caso, não tenho a expectativa de vencer, nem conquistar um pódio ou uma pole. Mas para mim é uma honra disputar um GP de Fórmula 1 em Interlagos. Vou curtir cada metro do circuito, cada curva. É algo com o qual sonho desde que comecei a correr de kart. Há anos venho me preparando para este momento, e para mim, que sou paulistano, disputar o GP em casa vai ser uma experiência inesquecÁ­vel”, falou Lucas, que correu em Interlagos pela última vez em 2003, ainda na Fórmula 3 Sul-Americana.

Bruno Senna também destacou a emoção e a expectativa de competir com a torcida brasileira acompanhando de perto. O piloto da Hispania Racing Team, sobrinho do tricampeão mundial Ayrton Senna, vai acelerar pela primeira vez um carro de corridas em Interlagos. “O Lucas e o Felipe já correram em Interlagos em outras categorias. Mas eu nunca estive aqui ao volante de um carro de competição. Não vejo a hora de ver a torcida na arquibancada que, todo mundo na F1 diz, é bem diferente do resto do mundo. Esta pista está no coração de todos os brasileiros”, apontou Senna.

Sobre a Bridgestone – Com sede em Tóquio (Japão), a Bridgestone é a maior fabricante mundial de pneus e detentora das marcas Bridgestone e Firestone, com faturamento de US$ 28 bilhões em 2009. Emprega 138 mil funcionários no mundo e mantém operações em 22 paÁ­ses. No Brasil, produz pneus para todos os segmentos em suas fábricas de Santo André (SP) e de Camaçari (BA), que juntas atingem capacidade de produção de 42 mil pneus/dia.