F1: Nelsinho Piquet terá atualizações do R29 na Hungria

Piloto brasileiro terá em seu carro as últimas evoluções desenvolvidas pela ING Renault, que comprovaram sua eficácia no carro de Fernando Alonso na Alemanha

O pacote de atualizações implementado no carro de Fernando Alonso no último GP da Alemanha, disputado em 12 de julho, provou ser um passo importante na luta da equipe ING Renault para recuperar terreno frente Á  concorrência no Mundial de Fórmula 1. Afinal, o espanhol conseguiu marcar a melhor volta da prova e chegou Á  zona de pontuação, com a sétima posição em Nurburgring. No próximo final de semana (24 a 26/7), esse pacote será instalado também no carro do brasileiro Nelsinho Piquet, já que para a Alemanha a equipe só conseguira levar componentes para um dos carros da equipe. A informação de que terá o novo pacote de evoluções, confirmada pelo diretor-técnico da ING Renault, Bob Bell, animou o piloto brasileiro. “Sem as atualizações, nós constatamos que o meu carro era oito décimos mais lento do que o do Fernando na Alemanha”, lembra Nelsinho. “Com as novas peças, poderei ser bem mais competitivo na Hungria”, acredita o brasileiro, que no próximo sábado completará 24 anos de idade.

O Brasil é o paÁ­s com mais vitórias no GP da Hungria de Fórmula 1 – com seis conquistas – e o circuito de Hungaroring traz boas lembranças, em especial para a famÁ­lia Piquet. Em 1986, no primeiro Grande Prêmio disputado no paÁ­s, Nelson Piquet, pai de Nelsinho, sagrou-se o primeiro vencedor nesta etapa do Mundial, após protagonizar com Ayrton Senna um duelo que entrou para a história da Fórmula 1. Se tinha pouco mais de um ano de idade na época, Nelsinho viveria 20 anos mais tarde, competindo na GP2, um final de semana inesquecÁ­vel na Hungria. Marcou a pole position da rodada dupla, marcou as melhores voltas nas duas corridas e venceu ambas as provas, sendo uma com pista seca e outra debaixo de chuva. A façanha fez de Nelsinho Piquet o primeiro piloto da GP2 a conseguir vencer as duas provas de um final de semana, ressaltando-se que na categoria de acesso Á  F1 o vencedor da primeira etapa é obrigado a largar em oitavo lugar na prova do domingo. “Hungaroring não é lá um circuito muito elogiado entre os pilotos, mas eu não tenho do que reclamar. Venci lá na GP2 e no ano passado fiz uma das minhas melhores corridas na temporada”, recorda Nelsinho Piquet, sexto colocado no GP Húngaro na temporada 2008.

Hungaroring

A história do GP da Hungria começou, na verdade, em Monte Carlo, no GP de MÁ´naco de 1983. Durante o final de semana, Bernie Ecclestone – o homem que comanda a Fórmula 1 – contou para um amigo que sua famÁ­lia tinha origem húngara, e que gostaria de ver uma prova do Mundial atrás da então “cortina de ferro” imposta pela Europa Oriental depois da segunda grande guerra. A sugestão foi levada para o ministro das relações internacionais, que deu inÁ­cio ao projeto de ter a Fórmula 1 de volta ao paÁ­s depois de quase cinco décadas sem grandes eventos do automobilismo.

Foram dois anos e meio de negociações até a assinatura do contrato – em setembro de 1985 – para que a Hungria tivesse seu GP por cinco anos. Em oito meses, o circuito ficou pronto em uma das cidades mais bonitas do calendário da Fórmula 1: Budapeste. E a categoria máxima do automobilismo desembarcou em Hungaroring para seu primeiro GP, que aconteceu em 10 de agosto de 1986. A ideia de Bernie Ecclestone, insana em um primeiro momento, estava concretizada. E a Fórmula 1 entrava em um paÁ­s socialista – que não saiu mais do calendário, e tem contrato para receber a categoria, pelo menos, até 2011.

O circuito, batizado de Hungaroring, foi construÁ­do dentro de um vale natural. Por isso, praticamente 80% da pista pode ser vista de qualquer ponto – que rendeu também o apelido de “prato raso”, porque os espectadores assistem as provas como se estivessem sentados na imaginária borda de um prato. O traçado original da Hungria tinha 4.013 metros quando inaugurado em 1986. Três anos depois, uma pequena reforma visando mais um ponto de ultrapassagem deixou a pista com 3.971 metros. A última grande modificação aconteceu em 2003, quando a reta principal ganhou 202 metros – passando a ter 788 – e deixou o circuito com um total de 4.381 metros.

Nelsinho Piquet lamenta a morte de Henry Surtees

Nelsinho Piquet lamentou a morte do piloto britânico Henry Surtees, em Brands Hatch, na Inglaterra, no último domingo (19), durante uma prova da Fórmula 2. O piloto inglês de 18 anos de idade não resistiu aos ferimentos depois de ser atingido pela roda de outro carro, que se desprendeu do bólido após um acidente. “É uma notÁ­cia muito triste e eu gostaria de enviar as minhas condolências para a famÁ­lia Surtees, em nome de toda a famÁ­lia Piquet”, declarou Nelsinho.  Henry era filho de John Surtees, único piloto na história que foi campeão mundial de Fórmula 1 (pela Ferrari, em 1964) e de motovelocidade (com sete conquistas).

Programação para o GP da Hungria de F1 (horários de BrasÁ­lia):

Sexta-feira – 24/7
Treino livre 1 – 5h Á s 6h30
Treino livre 2 – 9h Á s 10h30

Sábado – 25/7
Treino livre 3 – 6h Á s 7h
Classificação – 9h

Domingo – 26/7
Corrida – 70 voltas – 9h