Por Castilho de Andrade
Diretor de Imprensa do GP Brasil
O mÁtico arquiteto Oscar Niemeyer, 100 anos, é o responsável pelo troféu dos vencedores do GP Brasil de Fórmula 1. A Braskem, empresa de petroquÁmica, uma das patrocinadoras da prova, além do desenho de Niemeyer, também trouxe para a Fórmula 1 um material inédito na fabricação dos troféus: o primeiro polÁmero 100 por cento renovável produzido a partir do etanol da cana de açúcar, também chamado de plástico verde, compatÁvel com as preocupações ambientais.
O Brasil está desenvolvendo uma tecnologia própria para criar uma fonte alternativa de energia, o etanol. E esta é uma das grandes preocupações atuais das autoridades do paÁs. O troféu do GP Brasil de 2008, portanto, criado com material de fontes renováveis, reflete este momento.
O troféu desenhado por Oscar Niemeyer é inspirado nas colunas do Palácio da Alvorada: “A arquitetura segue o caminho de uma obra de arte e o que caracteriza uma obra de arte é a emoção, a surpresa. A coluna do Alvorada é um dos sÁmbolos da arquitetura de BrasÁlia. PoderÁamos ter feito num formato qualquer, retangular, reto, sem nenhuma complexidade. Mas optamos por usar uma forma de coluna que nunca foi feita igualâ€.
Os três primeiros colocados do GP Brasil e a equipe vencedora da prova receberão versões em tamanhos diferentes do troféu desenhado por Niemeyer. O do primeiro colocado pesa cerca de 5 quilos.
O trabalho do arquiteto Oscar Niemeyer sempre se caracterizou por suas curvas ousadas, como as do troféu. E ele definiu assim sua paixão pelas curvas: ‘Não é o ângulo reto que atrai. Nem a linha reta, fria e inflexÁvel criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual. A curva que encontro nas montanhas do meu paÁs. No curso sinuoso de seus rios, nas ondas do mar. Nas nuvens do céu, no corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o universo. O universo curvo de Einsteinâ€.