“Possibilidade de chuva pode ajudar equipes estreantes”, diz o piloto brasileiro
O circuito de Spa-Francorchamps, na Bélgica, guarda caracterÁsticas bastante peculiares. O fato de ser de alta velocidade por si só já é um atrativo aos pilotos. No entanto, são suas curvas, subidas e descidas bem distribuÁdas pelos 7.004 metros de pista que desafiam e agradam aos competidores. Tanto que é a pista preferida de todos os 24 pilotos que disputarão o Grande Prêmio da Bélgica de Fórmula 1, 13ª etapa do Mundial, neste final de semana, com transmissão ao vivo pela Rede Globo.
Outra caracterÁstica da região onde fica o circuito, cravado entre as cidades de Spa e Francorchamps, é o clima instável. A previsão do tempo oficial da Fórmula 1 aponta temperaturas variando entre 10 e 18 graus no fim de semana, com chuvas nos três dias de atividade de pista. A instabilidade climática é o grande “tempero” das corridas no circuito belga.
E é justamente nisso que aposta o brasileiro Lucas Di Grassi (Clear, Sorocred, Locaweb, Eurobike, Schioppa). “As corridas com chuva em Spa são sempre muito movimentadas e também acidentadas. É a melhor pista do campeonato, mais longa e difÁcil tecnicamente. E coloque nesse panorama a chuva, que torna o piso escorregadio, exige habilidade e também uma dose de sorte. Por tudo isso, para todos os pilotos, a possibilidade de não terminar a corrida por uma circunstância que foge ao nosso controle fica maior. Mas, se você termina, a tendência é ter um resultado melhor, justamente por que superou muitas dificuldades. Como resultado, para quem não conta com o melhor equipamento como as equipes estreantes, a chuva pode acabar sendo bem vinda. Então esta será uma grande oportunidade para conquistarmos um resultado surpreendente, mas que dependerá de vários fatores”, disse o piloto, que disputa neste final de semana sua primeira corrida de Fórmula 1 no mÁtico traçado belga.
“Vai ser uma experiência incrÁvel e para a qual estou muito preparado. Fizemos muitas voltas no simulador e terminei no pódio a corrida da GP2 em Spa do ano passado, então gosto muito do circuito”, continua Di Grassi. Por ser uma pista que exige baixa pressão aerodinâmica, a Virgin Racing, equipe defendida por Lucas, terá na Bélgica algumas peças especÁficas para o traçado. “Teremos alguns bons passos adiante com o carro em termos de acertos próprios para a prova em Spa”, afirmou Lucas, que nesta semana foi classificado como o melhor estreante em ranking criado pela revista inglesa Autosport, a mais respeitada do mundo no meio do automobilismo de competição.
“Nosso objetivo é terminar com os dois carros na frente da Lotus”, afirma o brasileiro, que busca uma posição entre os doze primeiros para melhorar a classificação da Virgin no Mundial de Construtores. “Se não chover, a chance de terminar entre os 12 é mais baixa, independentemente da performance do piloto. Já com chuva as chances são maiores”, explicou.