F1: Punição a pilotos da McLaren seria um desastre, diz advogado

Excluir a McLaren dos campeonatos deste ano e do próximo seria um desastre para a rival Ferrari e a Fórmula 1 como um todo, afirmou o advogado do piloto lÁ­der do campeonato, Lewis Hamilton, em documento divulgado nesta quarta-feira.

 


A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) publicou a transcrição da audiência realizada semana passada em Paris, em que a McLaren foi multada no valor recorde de 100 milhões de dólares e perdeu todos os pontos no Mundial de Construtores por espionagem de dados da Ferrari.


A mesma audiência decidiu não alterar a pontuação dos pilotos, permitindo ao britânico Hamilton e seu companheiro Fernando Alonso brigarem pelo tÁ­tulo. Hamilton tem dois pontos de vantagem sobre o espanhol faltando três corridas para o fim da temporada.


Mark Phillips, representante de Hamilton, disse ao Conselho Mundial de Automobilismo da FIA que excluir a McLaren dos campeonatos por dois anos como ameaçado seria um “desastre absoluto para a Fórmula 1.”


“O público perderia toda a confiança no esporte que todos nós amamos. Também seria um desastre para a Ferrari. A vitória deles seria tão vazia quanto a que vimos em Indianápolis em 2005”, disse o advogado.


“Nós respeitosamente suspeitamos que pilotos como Kimi Raikkonen e Felipe Massa sentiriam-se enganados se conquistassem o tÁ­tulo mundial depois que os dois principais concorrentes fossem expulsos.”


O chefe da Ferrari, Jean Todt, disse após o Grande Prêmio da Bélgica de domingo, vencido por Raikkonen com Massa em segundo, que considerava a punição imposta Á  McLaren leve demais e que os pontos dos pilotos também deveriam ter sido tirados.


O GP dos EUA de 2005 foi vencido pelo alemão Michael Schumacher, da Ferrari, com apenas seis carros no grid, após as equipes de pneus Michelin terem desistido da prova alegando preocupações de segurança decorrente dos pneus.


Por Alan Baldwin (Reuters)