F1: Zebras altas de Monza impressionam Bruno Senna

Piloto da HRT F1 espera que freadas compensem perda de velocidade esperada na Itália

Bruno Senna reencontrou o circuito de Monza com poucas modificações em relação Á  pista onde correu pela última vez na Fórmula GP2 em 2008. No tradicional reconhecimento do traçado das quintas-feiras, sempre acompanhado do engenheiro Xevi Pujolar, o piloto da HRT F1 Team constatou que o “ataque” Á s chicanes precisará ser feito com o máximo de cuidado. “Isso aqui foi modificado para o ano passado e as zebras parecem blocos de concreto na tangência da curva. Assisti ao vÁ­deo da pole do Hamilton. Se ele não passou por cima delas, então é porque ninguém consegue passar mesmo”, brincou.

Na parte da tarde, Bruno subiu na bicicleta e foi pedalar pelos quase seis quilÁ´metros da pista. O ciclismo é a modalidade esportiva primária de sua preparação fÁ­sica. No domingo, Bruno e Lucas di Grassi participaram em dupla do triatlo de MÁ´naco. Di Grassi nadou um quilÁ´metro e correu outros 10, enquanto Bruno completou os 100 km do ciclismo em três horas e trinta e oito minutos. “Foi um tempo bom, levando em conta também que começamos ao nÁ­vel do mar e chegamos a 1.850 metros de altitude. Fiz a média de 27 km por hora e 171 batimentos cardÁ­acos por minuto. Hoje, aqui em Monza, andei Á  velocidade de 28 km e batimentos a 135, o que dá uma idéia exata da dificuldade que foi o triatlo”, explicou.

Sobre as perspectivas para o final de semana, Bruno manteve a cautela habitual. “Não temos um pacote aerodinâmico especial para Monza como grande parte das equipes. Por isso, pelas caracterÁ­sticas do traçado, não deveremos estar tão rápidos de reta como na Bélgica. Vamos ver se conseguimos fazer um pouco de diferença nas freadas. Nosso carro ainda é basicamente o mesmo do GP do Bahrein na abertura da temporada”.

Bruno reconhece que a pista molhada poderia ajudá-lo a reduzir a desvantagem do carro da HRT F1 Team na comparação com as demais pequenas, que são as reais adversárias da equipe espanhola. Mas a leitura da previsão da meteorologia foi desalentadora. “As chances de chuva estão próximas de zero nos três dias. Vamos ter de nos virar no seco mesmo”, concluiu.