F3 Sulamericana: LÁ­der da classificação, Pedro Nunes destaca motivação extra com nova premiação da categoria

â€œÉ uma forma de chegar lá financiado pelo mérito e a qualidade do seu trabalho”, diz o piloto da Cesário Fórmula.

O anúncio de uma nova premiação para o campeão da temporada 2008 da Fórmula 3 Sul-Americana tem um significado especial para o atual lÁ­der do torneio, o paulista Pedro Enrique, de 19 anos. Recentemente, os organizadores da categoria anunciaram que o primeiro colocado ao final da disputa terá direito a um teste de Indy Lights, a categoria de acesso da IndyCar Series – maior campeonato de monopostos dos Estados Unidos.

â€É uma oportunidade de dar o primeiro passo no automobilismo internacional como campeão de um torneio tradicional de onde saÁ­ram grandes pilotos que estão ou passaram pela IndyCar, como Helinho Castroneves e Bruno Junqueira”, diz Pedro Enrique, que soma 54 pontos na tabela, seis a mais que o segundo colocado, Denis Navarro. “Receber um prêmio desses chama a atenção dos chefes de equipe, que vão prestar atenção nesse teste. Então, é um cartão de visitas interessante. E acho que coloca até mais responsabilidade no futuro campeão, pois ele estará representando a F-3 no exterior”, completa o piloto, que compete pela equipe Cesário Fórmula e tem quatro vitórias em oito provas disputadas.

Para atual lÁ­der da Fórmula 3, um teste na Indy Lights também amplia os horizontes dos pilotos brasileiros: “Esteja em que categoria for, o piloto brasileiro sempre tem como objetivo a Fórmula 1 e o automobilismo europeu. Mas os EUA também têm muito a oferecer, é um mundo extremamente profissional e cheio de oportunidades”, explica o piloto da Cesário Fórmula. “A Europa está superlotada de pilotos, e isso, aliado aos valores praticados em Euro, gerou uma inflação de custos que prejudica quem quer fazer carreira. Ficou muito caro e este fato tem excluÁ­do gente muito boa, que poderia realmente se destacar. Então, acho que este prêmio vem chamar a atenção para um mercado muito interessante. Eu tento manter a mente aberta nestas questões, e já cogitava os Estados Unidos para o meu futuro. Meu foco ainda é a Europa, mas é bom estar antenado, e colocar todas as opções na mesa”.

Segundo Pedro, a disputa pelo tÁ­tulo ficará agora mais acirrada, pois o que está em jogo é algo maior. “Qualquer piloto de carreira gostaria de ir para os Estados Unidos para receber um prêmio desses. Essa é uma notÁ­cia que vai circular entre todas as equipes de lá. Como eu disse, tem um valor especial fazer um teste que será financiado pelo seu mérito, pela qualidade do seu trabalho. Então, é muito especial mesmo”, diz ele. “Além do mais, há o desafio técnico. Lá, se corre muito em oval, e isso sempre me chamou a atenção, eu gostaria de conhecer de perto este automobilismo diferente. E, claro, a iniciativa conta com o apoio do André Ribeiro, um piloto de grande reputação pelo que fez lá nos Estados Unidos”.

André foi o primeiro brasileiro a vencer uma prova no torneio de acesso da IndyCar Series. O nome da equipe que oferecerá o teste e a data da avaliação ainda serão anunciados pela organização da F-3 Sul-Americana. Uma possibilidade é a Sam Schmidt Motorsports, equipe defendida pela brasileira Bia Figueiredo, cuja carreira é administrada por André Ribeiro. Bia, que teve passagem brilhante pela F-3 Sul-Americana, venceu recentemente uma prova da Indy Lights.