F3 Sulamericana: Piloto da GP2 testa carros da categoria

A equipe Hitech Racing resolveu investir pesado na F3 Sul-americana. Depois de trazer o vice-campeão da F3 Inglesa, Walter Grubmuller, para correr a etapa de Interlagos que abriu o GP de Fórmula 1, a equipe trouxe o piloto holandês Giedo van der Garde para preparar o carro e fazer uma análise de desempenho junto as demais equipes da categoria.

Sem muito alarde, a equipe Hitech Racing se prepara para chegar a Fórmula 3 Sul-americana com dois carros ano que vem e enquanto não começa a temporada está trazendo verdadeiras feras para acertar o carro e sentir o campeonato. Fundada em 2002, a equipe até então corria apenas na Fórmula 3 Inglesa e já contou com pilotos como o brasileiro Lucas Di Grassi, Danny Watts, Eric Salignon, Richard Antinucci, James Walker e Marko Asmer, campeão da F3 Inglesa em 2007 pela equipe.

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Dessa vez quem veio ao Brasil convidado pela Hitech foi Giedo van der Garde, que vai correr a temporada 2010 da GP2 com a equipe Barwa Addax. Esse ano Giedo participou da GP2 com a equipe iSport e foi o segundo melhor estreante da temporada. Em seu currÁ­culo estão tÁ­tulos como o campeonato 2008 da World Series by Renault, vice-campeonato da Fórmula Renault 2003 e campeão mundial de kart em 2002, na Fórmula Super A.

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De acordo com Rodrigo Contin, engenheiro responsável da Hitech Racing, o objetivo de trazer o piloto foi para ajudar no desenvolvimento do carro e comparar o nÁ­vel técnico de sua equipe com as demais. Um dos carros que a Hitech usará na temporada 2010 da F3 Sul-americana foi trazido da F3 Inglesa, passou por modificações para ficar adequado ao regulamento local e é o carro que está sendo trabalhado. O segundo carro da Hitech Racing para 2010 já está sendo negociado. Â

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Questionado sobre o carro, Giedo elogiou a qualidade da Dallara como um todo e apontou as diferenças inerentes ao regulamento da categoria, que difere principalmente no fabricante de motor e pneus entre a Fórmula 3 Sul-americana e a Inglesa. “Na Europa os motores são todos atrelados a sistemas computadorizados, enquanto o processo de regulagem aqui é manual, o que dá mais trabalho para as equipes. Em compensação, a potência do motor é maior em relação Á  Europa fazendo com que os carros ganhem desempenho em alta rotação, ainda que aparentemente pelo torque mais baixo percam um pouco em saÁ­das de curva.”

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Outra diferença apontada pelo piloto foi em relação aos pneus: “Aqui são usados pneus mais duros, o que dá mais durabilidade e constância durante a corrida. Os pneus na Europa são mais moles e dão muito desempenho nas duas primeiras voltas e depois caem. Como aqui existe mais constância, não há tanto impacto no tempo de volta entre um jogo de pneu novo em relação ao usado.”

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E mesmo com tantas diferenças, Giedo que veio ao Brasil durante a última etapa, em Curitiba, apenas para participar de treinos livres mostrou porque é tão prestigiado no automobilismo. No primeiro treino livre ele já fez a melhor volta, correndo com mais 11 pilotos da Fórmula 3 e Fórmula 3 Light. Fechou a 1:14:789 com 0s474 de vantagem em relação ao campeão desse ano da F3 Sul-americana, Leonardo Cordeiro. No segundo treino livre, novamente a melhor volta, a 1:14:321, com vantagem de 0s665 para Cordeiro. “Na minha impressão Leonardo Cordeiro é de longe o melhor piloto da temporada, os demais estão praticamente equilibrados em um mesmo nÁ­vel”, avalia Giedo. Â