FRenault: ‘Sou novato, mas quem não é?’

Generalizar é, obviamente, um exagero. Mas, em 2006, a Fórmula Renault terá metade do grid formado por pilotos que disputam a primeira temporada no automobilismo – número só superado pelo campeonato de estréia da categoria, em 2002.


Os 18 carros esperados para a primeira etapa da temporada de 2006 da Fórmula Renault Brasil ainda não foram para a pista no autódromo de Pinhais, na Grande Curitiba, mas uma coisa é tida como certa nas rodinhas de pilotos, mecânicos e chefes de equipe que se formaram nesse primeiro dia de atividades no circuito paranaense: os novatos devem se destacar mais nessa temporada do que em qualquer outra desde 2003, segundo ano da categoria no paÁ­s.

 


Com os treinos livres da Fórmula 3 Sul-Americana e da Copa Clio no circuito, boa parte dos pilotos inscritos no campeonato da Fórmula Renault esteve ao Autódromo Raul Boesel nesta quinta, e a maioria deles ainda não havia vivido a expectativa natural dos dias que antecedem a etapa de abertura do campeonato. “Para nós tudo é novidade. estamos acostumados a competir por causa do kart, mas estrear em uma categoria de monopostos é uma emoção diferente. O evento chama mais a atenção, há mais público, mais torcida e, conseqüentemente, mais frio na barriga”, disse o carioca Eduardo Santos (Dragão Motorsport), que engrossa o grupo de nove pilotos que largam neste sábado para a primeira corrida de suas vidas.


 


“Essa vai ser uma temporada semelhante Á  de 2002, grande ano da Fórmula Renault no Brasil, em que por razões óbvias, quase todo mundo estava estreando que a categoria era uma novidade”, acredita Santos. “Muita gente nova, muito equilÁ­brio e uma grande chance do campeão ser decidido apenas na última etapa por uma diferença bem apertada de pontos é o que estamos esperando para este ano”, adiantou-se o piloto da Dragão Motorsport.


 


Sétimo piloto do Rio de Janeiro a disputar a categoria de acordo com o histórico da Cronomap Cronometragem, Eduardo Santos sente-se confiante para a primeira prova do calendário, principalmente depois dos bons testes realizados com a equipe paulista em Interlagos, há pouco mais de um mês. Longe das pistas desde 2003, quando deixou de competir regularmente de kart, Santos chegou a liderar uma das sessões com o piso molhado, e terminou todas as outras entre os mais rápidos.


 


“Minha equipe é bastante experiente e disputou o tÁ­tulo na Fórmula Renault duas vezes”, recorda-se o carioca. “Isso meconfiança de que terei um bom carro nas mãos e espero poder fazer um bom trabalho desde as primeiras etapas”, concluiu o piloto.