GP2 Series: Bruno Senna enfrenta circuito desconhecido na Hungria

Piloto brasileiro só conhece traçado de Hungaroring por jogos de videogame.

Sem jamais ter colocado os pés no circuito de Hungaroring antes desta quinta-feira, Bruno Senna sabe que o desafio que terá pela frente nos treinos classificatórios de amanhã será o mais difÁ­cil até agora em seu ano de estréia na Fómula GP2: colocar o carro da Arden International nas primeiras filas do grid da 13ª etapa. E os primeiros contatos com o traçado de 4.384 metros, por meio de uma caminhada e um passeio de “scooter”, não foram exatamente animadores.

“O desenho lembra um grande kartódromo. Até agora, só sabia para que lado as curvas viravam por causa dos jogos de videogame, mas já deu para sentir que será um problema e tanto ultrapassar nesta pista. Mesmo a reta dos boxes não é tão extensa quanto parece e ainda é seguida por uma curva longa, o que não ajuda em nada quem ganhar posições”, explicou Bruno, que chegou Á  capital húngara na sétima colocação com 24 pontos e tendo a vitória na terceira etapa, em Barcelona, como o ponto alto de sua temporada.

Bruno passou em branco nas duas últimas rodadas duplas – Silverstone e Nürburgring – e trabalha agora para recuperar a forma exibida no inÁ­cio do campeonato. A tarefa não será fácil. Além do desconhecimento do circuito e do pouco tempo de adaptação – terá apenas 30 minutos de treinos oficiais antes da sessão classificatória com igual duração -, teme que o tráfego durante o qualifying se torne outro complicador. “Neste aspecto, será a pior etapa do calendário. Espero pelo menos conseguir dar uma volta limpa. Nesta pista, quem der de cara com alguém mais lento vai perder tempo na certa”, arrisca.

No inÁ­cio da semana, a previsão de chuvas – até torrenciais – ao longo do fim de semana animou o brasileiro. Nas últimas horas, contudo, a meteorologia mudou diversas vezes o prognóstico. “Está uma confusão. Cada um fala uma coisa. Hoje, por exemplo, estava quente, e o nosso carro costuma andar bem no calor. Mas talvez a chuva fosse melhor. Minha desvantagem diminuiria porque sempre andei bem na pista molhada”, lembra.

Hoje, depois do briefing dos pilotos, Bruno Senna conversou com o inglês Charlie Whiting, diretor de prova da Fórmula GP2 e da Fórmula 1. Queria saber porque o inglês Lewis Hamilton foi autorizado a retornar Á  corrida em Nürburgring mesmo depois de atolar na brita e ser retirado por um veÁ­culo de serviço. Whiting informou que a decisão foi tomada porque o motor Mercedes da McLaren do lÁ­der da Fórmula 1 se manteve funcionando, mas que daqui em diante quem ficar preso na área de escape só poderá prosseguir na prova se conseguir sair sozinho.

Foto: GP2 Media Service/Glenn Dunbar