GP2 Series: Criada em função da F-1, GP2 tem seu melhor momento de comparação com a categoria máxima

Rodada do fim de semana acontece na única pista onde as duas categorias testam e competem, gerando parâmetros mais precisos de comparação dos tempos dos dois tipos de carro.


A Fórmula GP2 volta Á  ativa neste fim de semana para a segunda rodada dupla da temporada 2007, com cinco brasileiros na pista e uma novidade muito comentada. Como de hábito, a categoria fará as duas provas preliminares da Fórmula 1 no Circuito da Catalunha, Espanha. O detalhe é que este é o único traçado onde as equipes dos dois torneios realizam testes particulares e também competem oficialmente nos mesmos dias. “Aqui é onde os GP2 mais se aproximam dos F1 em termos de tempo e desempenho”, explica o estreante brasileiro Sérgio Jimenez, da equipe espanhola Racing Engineering. “A GP2 faz testes aqui, então, é natural que os seus pilotos andem mais agressivamente na Catalunha do que, por exemplo, na Hungria, onde não testamos mas também fazemos as corridas preliminares da Fórmula 1. Neste ano, descobrimos que a versão 2007 do GP2 está especialmente veloz. Quanto mais perto a GP2 chega da F-1, mais seus pilotos mostram que estão aptos a competir na categoria máxima”, observa o piloto paulista.

As equipes e pilotos da GP2 estão ansiosos para fazer uma comparação de seus tempos com a F-1 na Espanha. O principal motivo é o desempenho recente do japonês Kazuki Nakajima – filho de um velho conhecido dos fãs brasileiros, o ex-parceiro de Senna e Piquet, Satoru Nakajima. Piloto de testes da Williams, trabalhando para o time de F-1 Kazuki registrou recentemente uma marca apenas 5,5 segundos mais rápida que seu melhor tempo de GP2 em condições de pista semelhantes.

“A GP2 existe em função da F-1”, diz Jimenez. “Todos na categoria – sejam os pilotos, engenheiros, mecânicos e até as equipes – querem se promover para a categoria principal. Então, a possibilidade de uma comparação como essas, mostrando que nossos carros estão tão velozes, é sempre interessante. Ela oferece a oportunidade de vários tipos de análise técnica dos carros e dos pilotos, levando em consideração os nÁ­veis atingidos pela F-1. Mais do que isso, é até um elogio ao trabalho de todos aqui na GP2”, completa o brasileiro.