GP2 Series: Melhor brasileiro, Lucas avança na pontuação

Di Grassi saiu em 11º e chegou em 4º, mas um problema de freio prejudicou seu desempenho.

Apesar de um problema de freio por praticamente toda a prova, o quarto lugar obtido por Lucas Di Grassi (Eurobike) na 15ª etapa da Fórmula GP2, neste sábado, em Valência, deu continuidade ao avanço do piloto na classificação do torneio. Com os cinco pontos conquistados hoje, Di Grassi, que estreou na sétima etapa da temporada, não apenas manteve o terceiro lugar da tabela mas também se aproximou um pouco mais dos lÁ­deres Giorgio Pantano (equipe Racing Engineering) e Bruno Senna (iSport International). A vitória foi do russo Vitaly Petrov, companheiro de Lucas na equipe Barwa Campos Grand Prix.


A dificuldade com o freio custou ao brasileiro apoiado pela rede de concessionárias Eurobike algo perto de meio segundo por volta: “Eu praticamente não tinha freio”, explicou Di Grassi. “Provavelmente aconteceu um vazamento de óleo do sistema de freio. O curso do pedal ficou muito longo, e isso me atrapalhou bastante na briga por posições a partir da quinta volta (a corrida teve 34). De resto, o carro estava bom e terÁ­amos um resultado bem interessante caso o freio estivesse normal”.


Outra boa largada – Lucas Di Grassi manteve a rotina de bom largador – ele ganhou posições em todas as provas que disputou até agora. Saindo da 11ª colocação, ele pulou para nono já nos metros iniciais. Mas sua posição no grid também foi influenciada por um problema mecânico: um defeito no câmbio durante a classificação na sexta-feira. A peça foi substituÁ­da para a corrida. “Fiquei feliz com a vitória do Petrov, pois, além de ser meu parceiro de equipe, ele mostrou que temos carro para brigar pelo pódio na prova deste domingo”, comentou Lucas.


Com o resultado, Lucas passou a somar 44 pontos, contra 58 de Bruno Senna e 67 do italiano Giorgio Pantano. “Se tiver outro bom resultado amanhã, vou avançar mais na pontuação e talvez possa ameaçar os ponteiros até o final da temporada”, diz Lucas. O brasileiro, que acumula as funções de terceiro piloto e piloto de testes da equipe Renault de F-1, ingressou na GP2 no meio da temporada apenas para se manter em forma. “Neste aspecto, a GP2 está me ajudando, pois quero estar 100% para o caso de aparecer uma oportunidade de competir na F-1”, diz ele. “Cheguei sem maiores pretensões, e estou muito satisfeito pelo que consegui até agora. Vamos ver se amanhã avançamos mais na pontuação”.


A prova de hoje foi marcada pelo erro de algumas equipes, com destaque justamente para os times dos lÁ­deres. Pantano, que ponteou a corrida até a última volta, ficou sem combustÁ­vel e acabou em 14º. O mesmo ocorreu com Bruno Senna, que estava em quinto e finalizou em nono. Como manda o regulamento da GP2, o grid da prova do domingo terá os oito primeiros colocado da corrida do sábado em posições invertidas. Assim, o vencedor Petrov sairá em oitavo, enquanto o oitavo colocado Luca Fillipi (Itália, equipe Arden International) partirá da pole. Lucas será o quinto no grid, com Bruno Senna em nono e o lÁ­der Pantano largando do 14º lugar.


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