Piloto brasileiro assume carro da espanhola Campos International pela primeira vez e já larga na terceira fila.
Como tem sido rotina em sua carreira, o brasileiro Lucas Di Grassi (Eurobike) faz sua estréia no Campeonato Mundial de Fórmula GP2 impressionando sua nova equipe, a espanhola Barwa Campos International. Vice-campeão no ano passado, Lucas volta Á categoria na prova a ser disputada neste sábado, Á s 11h, na França, conquistando uma vaga na terceira fila – sexto tempo do grid -, posição que o credencia a brigar pelo pódio já em sua primeira corrida de 2008. “Foi uma boa tomada de tempos, e agora só preciso ver como é o nosso carro em situação de corrida. Ainda não tenho essa experiência com a Camposâ€, explicou o piloto, que estréia também o apoio da Eurobike, uma rede que revende veÁculos de alto padrão no Brasil.
“Temos um problema: nosso motor já tem 3,2 mil quilÁ´metros rodados, e o máximo antes da revisão são 3,5 mil. Isso nos coloca muito perto da margem de segurança em termos de corrida, que é quando o motor é exigido ao máximo por mais tempo. Acho que temos potencial para fazer uma boa corrida, mas resta saber como é nosso acerto para a prova inteira, pois se o carro não preservar os pneus teremos problemasâ€, adianta Di Grassi. A equipe Campos já adiantou que para a rodada dupla de Silverstone – a próxima no calendário – o brasileiro contará com um motor novo. “Eu também preciso ver como está meu ritmo de corridaâ€, diz Lucas, que não compete há quase um ano. “Todo atleta precisa se manter em atividade, e os pilotos não são diferentes. Mas tenho me cuidado bastante na parte fÁsica, e então estou bem confianteâ€. O companheiro de Lucas na equipe Campos, o russo Vitaly Petrov, sairá da oitava posição. A corrida do sábado terá transmissão ao vivo pelo canal Sportv e a prova do domingo, que tem largada Á s 5h30, irá ao ar pelo Sportv Á s 12h15.
Rendimento – O retorno de Lucas Di Grassi Á categoria foi uma iniciativa do próprio piloto junto Á equipe Renault F1 Team – da qual é terceiro piloto e piloto de testes – para que ele não perca rendimento com a inatividade. “Ser piloto de testes ou terceiro piloto na F-1 moderna é bom pela exposição dentro da categoria, mas se você não tiver uma atividade de pista pode ser prejudicadoâ€, diz o piloto da Eurobike. “O ideal é continuar competindo em alguma categoria, como a GP2, na qual o nÁvel das corridas e dos pilotos seja de alto padrão. Por isso acho que meu retorno é benéfico, vou me manter em dia e pronto para assumir qualquer carro em situação de corrida – especialmente o F-1, que é meu objetivoâ€.
A pole position foi registrada pelo brasileiro Bruno Senna. Além dele e de Lucas, há mais três pilotos do paÁs no grid: Diego Nunes (equipe DPR) sai em 15º, Alberto Valério (Durango) em 22º e Carlos Iaconelli (BCN) larga em 25º.