GP2 Series: Xandinho admite pressão na terceira temporada na categoria

Com apenas 21 anos, brasileiro é o mais experiente da categoria no Bahrein.

A terceira temporada da Fórmula GP2 será aberta oficialmente nesta sexta-feira e entre os 26 nomes que participarão dos treinos livres e da sessão classificatória para a primeira prova da rodada dupla do GP do Bahrein ninguém acumula mais quilometragem na série do que Xandinho Negrão (Medley). O campeão sul-americano de Fórmula 3 de 2004 participou de todos os testes e corridas desde a criação da categoria e reconhece que o amplo conhecimento do carro e das pistas representa uma pressão extra. “Meu projeto sempre foi passar três anos na Fórmula GP2 e brigar pelo tÁ­tulo no último. É o que espero que aconteça”, afirmou o piloto da Minardi Piquet Sports.

Xandinho vinha correndo ao lado de Nelsinho Piquet, que se despediu da GP2 com o vice-campeonato antes de assinar com a Renault para a função de piloto de testes na Fórmula 1. A Minardi adquiriu a parte da equipe que estava sob controle de Nelson Piquet e absorveu a estrutura da nova organização em sua sede de Veggiano, na Itália. O brasileiro Felipe Vargas, no entanto, continua exercendo o cargo de diretor-técnico e passa a funcionar como engenheiro exclusivo de Xandinho.

Já com o espanhol Roldán RodrÁ­guez como novo companheiro de equipe, Xandinho ficou satisfeito com os resultados da pré-temporada de ensaios nos circuitos de Paul Ricard e Barcelona. “Em termos de tempos, nossas marcas foram bastante razoáveis e nos colocaram no mesmo ritmo de equipes como ART Grand Prix, SuperNova, Trident, FMS e Arden. A iSport mostrou uma superioridade pequena, mas constante. Mas o campeonato é longo e há espaço para o desenvolvimento do nosso carro. Acredito que avançamos bastante na redução do consumo dos pneus traseiros, um dos maiores dramas da GP2”, comentou.

Xandinho admite que pode ter dado um passo muito grande ao ingressar na Fórmula GP2 ao deixar uma Fórmula 3 sul-americana com a competitividade em baixa no final de 2004. “Talvez fosse melhor ter passado antes por uma categoria intermediária, como a World Series, mas a oportunidade que apareceu naquela época talvez não surgisse novamente. Mas, agora, tenho de olhar para frente e focar no meu trabalho. Sonho com uma oportunidade na Fórmula 1 e ela só chegará se eu for bem na temporada.”

Metade do grid de 26 pilotos é constituÁ­da de estreantes. Dos veteranos, o francês Nicolas Lapierre, da DAMS, é outro que já fez dois anos completos na categoria. O contraponto é o chinês Ho-Pin Tung, cuja contratação pela equipe espanhola BCN Competición só foi fechada nas últimas semanas. O campeão alemão de Fórmula 3 de 2006 estreará no circuito de Sakhir sem ter feito um único teste com o Dallara-Renault-Mecachrome de 600 cavalos de potência. No entanto, vinha defendendo a China na Fórmula A1GP. Com 24 anos, Tung é poliglota. Além do chinês, fala inglês, francês, alemão, holandês e ainda arranha grego e latim.