GP2 Series: Xandinho espera crescimento na reta final

Em Hockenheim, campeonato entra nas últimas quatro etapas da temporada.

Às vésperas de iniciar os treinos livres e classificatórios da rodada dupla do GP da Alemanha, Xandinho Negrão (Medley) faz as contas e conclui: a meta principal nas últimas oito etapas deste ano será subir ao pódio da Fórmula GP2 pela primeira vez e confirmar a evolução das provas mais recentes. “Meu ritmo de corrida vem crescendo e agora é só esperar pelo fim da falta de sorte que vem me perseguindo nas segundas corridas. A não ser em Barcelona, onde errei e deixei o motor apagar, nas demais acabei envolvido em acidentes que não provoquei”, explica.

Até agora, o planejamento de carreira de Xandinho na Fórmula GP2 vem atingindo os objetivos de longo prazo a que se propÁ´s: um primeiro ano de experiência, onde conheceu praticamente todas as pistas e um carro muito mais potente que o usado na conquista da Fórmula 3 sul-americana em 2004, um segundo para começar a colher resultados – o 5º em Magny-Cours foi o ponto alto até agora – e o terceiro para disputar o tÁ­tulo. “Acho que está tudo dentro do previsto. Confesso que fiquei um pouco desapontado com o inÁ­cio de ano ruim, após uma pré-temporada tão promissora, mas acho que estamos reencontrando o caminho”, afirma.

Xandinho ocupa a 14ª colocação com 14 pontos. A ART Grand Prix, campeã no ano passado com Nico Rosberg, ruma para o bi com a liderança de Lewis Hamilton. O inglês tem 70 pontos contra 56 de Nelsinho Piquet. O filho do tricampeão mundial de Fórmula 1, no entanto, sofre a pressão de Alexandre Prémat, companheiro de equipe de Hamilton. O francês está com 48. “Não é um domÁ­nio como o do ano passado, mas a ART ainda é o time mais forte. Eles sempre acham alguma coisa da sexta-feira para o sábado. Raramente conseguem uma pole. Só que na corrida os carros voam. Parece que sabem antever as mudanças na pista, na temperatura, enfim, se adaptam melhor a tudo o que pode afetar o rendimento do carro”, elogia Xandinho.

Com temperaturas superando os 35 graus, Hockenheim tem tudo para ser uma repetição de Magny-Cours, onde os pneus da Bridgestone de compostos médios pouco resistiram Á s exigências do forte calor. “Os pneus zero duram em torno de cinco voltas. Depois disso, o carro fica muito mais instável. Acho que aqui a estratégia será tão importante quanto lá. Na França, retardei o pit stop para troca de dois pneus e me dei bem, já que consegui sair dos boxes na frente do pessoal com quem eu vinha brigando. Pelo que vi hoje, durante meu passeio de reconhecimento do circuito, as condições do asfalto estão bem similares. A idéia é ser rápido e, ao mesmo tempo, cuidar dos pneus.”

Nesta sexta-feira, os carros entram na pista Á s 4h30 (BrasÁ­lia) para uma sessão de treinos oficiais de 30 minutos; retornam Á s 10h30 para a tomada de tempos válida para o grid da 14ª etapa. Além de Xandinho, Nelsinho Piquet e Lucas di Grassi na Fórmula GP2, dois outros brasileiros estão em Hockenheim. Astros da Stock Car, Cacá Bueno e Luciano Burti correrão a etapa da Porsche Supercup.