GT Brasil: TÁ­tulo pode ser decidido neste fim de semana em Curitiba

Valdeno Brito e Matheus Stumpf chegam com chances de garantir a conquista por antecipação na categoria Itaipava GTBR3

A temporada do Itaipava GT Brasil ainda tem cinco candidatos ao tÁ­tulo na categoria Itaipava GTBR3, apesar da confortável vantagem dos lÁ­deres Valdeno Brito e Matheus Stumpf, pilotos do Ford GT. Eles chegam para as corridas que formam a penúltima etapa do campeonato, marcada para os dias 30 e 31 de outubro, no Autódromo Internacional de Curitiba, em Pinhais (PR), precisando apenas de mais um terceiro e um quarto lugares para comemorar antecipadamente a conquista do tÁ­tulo de 2010.

Mas a missão é mais difÁ­cil do que parece: ainda existem possibilidades de tÁ­tulo para Daniel Serra e Chico Longo, Marcelo Hahn e Allam Khodair, Claudio Dahruj, Ricardo MaurÁ­cio e Bruno Garfinkel, todos com o Lamborghini Gallardo LP560. “Felizmente, temos uma vantagem segura em relação aos outros, o que nos permite partir para cima e tentar fechar o tÁ­tulo neste fim de semana. Mas se ficarmos entre os cinco primeiros nas duas corridas já estará muito bom”, afirma Matheus Stumpf.

A dupla terá como desvantagem o peso adicional, o chamado lastro de sucesso, colocado no carro em função do desempenho recente, uma forma de equilibrar as forças no Itaipava GT Brasil. “O peso é o inimigo número 1 de um carro de corrida, então fica difÁ­cil tentar uma vitória ou pódio com o que vamos carregar, mas nossa tática é correr com calma, usando a cabeça, para não cometer erros e conseguir o melhor resultado possÁ­vel”, acrescenta Valdeno Brito.

No total, eles terão 65 kg extras no modelo Ford GT. Para impedir uma conquista antecipada da dupla, os adversários contam também com o bom retrospecto na pista, caso dos vice-lÁ­deres Daniel Serra e Chico Longo, que foram os vencedores de uma das provas de abril, na última passagem do Itaipava GT Brasil por Pinhais. No momento, eles estão separados dos lÁ­deres por 45 pontos, mas ainda há 80 em jogo até o fim do campeonato.

Quantidade que mantém bem viva a chance dos terceiros colocados, Allam Khodair e Marcelo Hahn. A dupla, que persegue a primeira vitória na temporada depois de seis segundos lugares em doze corridas, também tem boas recordações do circuito. Ganharam duas vezes por lá no ano passado. “Pensamos em tÁ­tulo, sim, mas está mais difÁ­cil. O Valdeno e o Matheus estão fazendo um campeonato excelente e mereceram a vantagem”, reconhece Allam Khodair.

“Acredito que ainda é possÁ­vel, mas para ganhar o campeonato precisamos fazer uma parte final muito forte e consistente. Tivemos problemas durante o ano que nos custaram muitos pontos importantes, então agora Marcelo e eu precisamos ganhar”, acrescenta o piloto. Na verdade, matematicamente eles têm até mais chances do que os pilotos que ocupam o segundo lugar na tabela, considerando o descarte obrigatório do pior resultado desta segunda metade da temporada.

Allam Khodair e Marcelo Hahn podem chegar aos 216 pontos e, com o descarte, ficariam com 209. É mais do que podem alcançar os vice-lÁ­deres (218, com descarte 203). Para os demais, a matemática é um pouco mais cruel, mas a possibilidade ainda existe. É o caso do quarto colocado, Claudio Dahruj, e até mesmo dos pilotos que ocupam a quinta posição na tabela, Ricardo MaurÁ­cio e Bruno Garfinkel. Mas o Itaipava GT Brasil não é formado só por aqueles que disputam o tÁ­tulo.

A promessa é de excelentes disputas, com um grid de largada formado por 30 carros, somando as duas categorias – Itaipava GTBR3 e Itaipava GTBR4. O número é reforçado pelo retorno de um piloto local, afastado do campeonato desde as corridas finais do ano passado. O paranaense Wagner Ebrahim está de volta ao volante de um modelo Dodge Viper Competition Coupe. “Tivemos que atualizar nosso carro e agora estamos trabalhando em cima dele de acordo com o regulamento técnico da categoria”, afirma.

Será o segundo carro da marca no campeonato. O outro é pilotado por Pedro Queirolo, que disputa regularmente a temporada. E a fama do modelo é a melhor possÁ­vel no circuito paranaense. “A reta longa ajuda a aproveitar o motor, que é a melhor caracterÁ­stica do carro. Como a pista não tem tantas curvas de baixa, o ponto forte será o aproveitamento das saÁ­das de curva. Se tudo der certo temos chance de vencer”, revela Pedro Queirolo.

Vale ficar de olho também nos pilotos que subiram ao pódio na etapa passada, como Andreas Mattheis e Xandy Negrão, que correm com um Ford GT, e Chico Serra e João Adibe, de Lamborghini Gallardo LP560. Cleber Faria, também de Lamborghini Gallardo LP560, tem neste fim de semana a chance de subir ao pódio pela terceira etapa consecutiva, depois dos quarto lugares de Interlagos e do Velopark. O fim de semana em Pinhais reserva também algumas outras novidades.

Walter Derani, piloto do modelo Ferrari F430, terá um novo parceiro de pilotagem especialmente nas duas corridas de Pinhais: será AluÁ­zio Coelho. Ausente da etapa passada, a dupla Rafael Derani, que ficou fora por compromissos pessoais, e Cláudio Ricci, afastado por causa de um acidente, está de volta para tentar repetir a vitória conquistada por eles na primeira passagem da categoria pelo Autódromo Internacional de Curitiba neste ano, em maio.

Na parte técnica, não houve nenhuma alteração nas configurações determinadas para equilÁ­brio de desempenho. Ou seja, os carros chegam exatamente como estavam no Velopark. As atividades começam na sexta-feira (29) e serão duas corridas ao longo do fim de semana em Pinhais. A primeira no sábado (30), Á s 15h50, e a segunda no domingo (31), Á s 13h50, as duas com transmissão ao vivo e na Á­ntegra pela RedeTV!.