GT3 Brasil: Após prova, trÁªs duplas na liderança

A 3ª etapa foi repleta de alternativas. Dodge Viper V10 manteve a invencibilidade. Irmãos Fittipaldi têm grande atuação.

Pela primeira vez em sua história, o TelefÁ´nica Speedy GT3 Brasil tem seis pilotos ocupando a liderança da classificação. As duplas Ricardo Rosset/Walter Salles, Xandy Negrão/Andréas Mattheis e Ingo Hoffmann/Paulo Bonifácio totalizaram 18 pontos após a disputada da terceira etapa da temporada, neste sábado, em Interlagos. A vitória foi do Dodge Viper V10 de Negrão/Mattheis, beneficiado por acidentes, um pit stop obrigatório e o abandono do Ford GT V10 de Rosset/Salles – que não terminaram a corrida. Hoffmann/Bonifácio levaram seu Lamborghini Gallardo ao segundo lugar. Neste domingo, poderá haver desempate com a realização da quarta etapa, a partir das 11h. A corrida irá ao ar pelo canal por assinatura Sportv2, Á s 21h.


 


A corrida foi repleta de alternativas. O Ford GT V8 de Rosset/Salles partiu da pole e manteve a liderança com Walter pilotando na primeira parte da prova (na GT3 há uma troca de pilotos durante a corrida). Logo na largada, ocorreu um dos momentos mais bonitos da temporada. Paulo Bonifácio, que saÁ­ra em segundo, perdeu duas colocações antes do fim da reta e reagiu imediatamente: mergulhou seu Lamborghini Gallardo por fora no “Esse do Senna” e com muita habilidade tomou a ponta do Ford GT. Boni conseguiu manter-se na dianteira da corrida por três voltas, até o Ford GT de Salles recuperar a ponta. Mas na quarta volta o extrator do Ford começou a se soltar – segundo a equipe de Salles, devido a um toque em uma disputa com o Lamborghini. O então lÁ­der isolado do torneio foi chamado aos boxes para reparo, o que praticamente selou suas chances de um bom resultado.


 


Com o Ford nos boxes, o Viper V10 da pilotado por Wagner Ebrahim (parceiro de Fabio Ebrahim) assumia a ponta, deixando Boni em segundo. Mas na sétima volta a história da corrida mudou novamente. Fábio Casagrande (Guto Negrão), terceiro colocado com um Viper V10, tentou uma ultrapassagem no fim da reta sobre o Lamborghini e perdeu o ponto de freada. Boni conseguiu passar ileso pela confusão, mas Ebrahim teve seu carro atingido violentamente no meio da carroceria, sendo obrigado a abandonar. O carro de segurança foi para a pista.


 


Na relargada Paulo Bonifácio manteve a dianteira, com Cláudio Ricci (Rafael Derani), de Ferrari F430, tomando o segundo posto. Mas não demorou muito para o Viper V10 de Andréas Mattheis assumir a segunda colocação e partir para cima do Lamborghini. Em uma tentativa de ultrapassagem, Matheis e Boni acabaram se tocando. O piloto do Viper levou a pior e rodou acabou rodando e perdeu algumas posições. Após o incidente, os boxes foram abertos para troca de pilotos.


 


Em sua estréia, Emerson Fittipaldi andou boa parte da prova em sexto, e entregou o Porsche 997 GT3 Cup S para seu irmão, Wilsinho, no quarto lugar. Mas um erro da equipe durante a troca de pilotos custou Á  dupla mais de trinta segundos, e isso acabou prejudicando seu resultado final – eles terminaram em nono. Após todas as trocas de piloto, o Viper V10 da Medley, agora sob o comando de Xandy Negrão, assumiu a liderança, com Ingo Hoffmann (Lamborghini) em segundo e Rafael Derani (Ferrari) em terceiro após assumir o volante de Cláudio Ricci.


 


Por algumas voltas, Negrão e Ingo reviveram os duelos dos tempos em que disputavam tÁ­tulos na Stock Car. Mas Xandy tratou de acelerar e abriu boa vantagem. Algumas punições mudaram o posicionamento dos pilotos na pitas. Derani foi obrigado a pagar um drive through (por sair dos boxes antes dos dois minutos mÁ­nimos obrigatórios para a troca de pilotos) e Rosset, que aparecia em oitavo tentando a recuperação, foi punido pelo mesmo motivo.


Na 24ª volta, já com oito segundos de vantagem para Ingo, um susto o lÁ­der levou outro susto. Xandy acusou a pressão exercida pelo rival, perdeu o ponto de freada e passou direto no fim da reta principal. Com muita sorte por não bater em nada, ele conseguiu voltar para a pista ainda na ponta, mas com vantagem de menos de um segundo. Mas o Viper de Negrão não foi mais pressionado nas voltas finais e venceu a terceira etapa com o tempo total de 1h00min04s228.


 


Ingo Hoffmann terminou em segundo, com diferença de pouco mais de dois segundos. Hoffmann elogiou muito seu parceiro de equipe, Paulo Bonifácio: “Quero parabenizar o Boni. Na largada, ele caiu para quarto e no Esse do Senna mergulhou por fora para assumiu a ponta. Ele fez uma corrida perfeita, inteligente”, disse Ingo. Com tantas reviravoltas, o terceiro lugar acabou sendo uma surpresa. A jovem dupla gaúcha formada por Ramon Mathias (21 anos) e Matheus Stumpf (18), ao bordo de mais um Dodge Viper V10, subiu ao pódio, em um resultado muito comemorado. “Não esperávamos este resultado. Mas em corrida tudo é possÁ­vel. Nós sempre fomos constantes na prova e isso foi decisivo para o bom resultado. Os acidentes durante a corrida também nos ajudaram a subir no pódio”, disse, com muita humildade, Matheus Stumpf. 


 


A prova deste domingo terá largada Á s 11h, mas a transmissão vai ao ar Á s 21h pelo canal por assinatura Sportv2.