GT3 Brasil: Câmbio seqüencial é a nova “arma secreta” do Viper

Usado por Matheus Stumpf e Abramo Mazzochi na etapa de BrasÁ­lia, nova caixa de marchas ainda está em estágio inicial de desenvolvimento, mas garantiu Á  dupla uma economia de 0s3 a cada volta pelo circuito do Distrito Federal.

Atual campeão do TelefÁ´nica Speedy GT3 Brasil, o Dodge Viper CompetitionV10 terá câmbio seqüencial nesta temporada. A estréia da “arma secreta” do supercarro norte-americano na busca pelo bicampeonato ocorreu na etapa de BrasÁ­lia, mas o desenvolvimento do novo componente deve começar mesmo em São Paulo. A quarta rodada dupla da competição será realizada nos dias 12 e 13 de julho em Interlagos, e terá pelo menos uma unidade do supercarro equipada com a novidade.

A estréia da nova transmissão foi antecipada pela dupla Matheus Stumpf e Abramo Mazzochi, e ocorreu em virtude da quebra do antigo câmbio no último treino livre da etapa de BrasÁ­lia. A dupla precisou reconfigurar Á s pressas o carro para o novo sistema, e aprovou a melhoria mesmo sem ter tido tempo de encontrar a relação ideal entre as seis marchas disponÁ­veis no Viper.

“Sem dúvida nenhuma o câmbio seqüencial deixou nosso carro mais rápido e mais fácil de guiar”, declarou Matheus, que subiu ao pódio na terceira etapa da temporada, em São Paulo. “Em BrasÁ­lia a diferença foi de apenas 0s3 por volta, mas tivemos muitas dificuldades no começo para encontrar a melhor relação entre as marchas. O escalonamento do câmbio seqüencial é diferente, mas acredito que em pouco tempo chegaremos ao máximo de performance”, acrescentou.

O câmbio seqüencial diminui e perda de giros do motor durante as trocas de marcha, e permite uma pilotagem mais eficiente. Em São Paulo, Stumpf acredita que o melhor aproveitamento do motor fará grande diferença em trechos de subida, como o que antecede a reta dos boxes, o que pode tornar o Viper V10 um adversário ainda mais duro para o modelo que vem se destacando nesta fase da competição, o Ford GT V8.

“Com o câmbio antigo, usávamos apenas as quatro primeiras marchas. No caso da transmissão seqüencial, acredito que poderemos usar todas as seis marchas, e aproveitar melhor o motor. Além disso, as trocas pelo novo sistema cansam bem menos, o que faz grande diferença em provas de uma hora de duração”, encerrou o piloto.