GT3 Brasil: Categoria começa a ‘exportar’ pilotos

Gaúcho Cláudio Ricci confirmou presença na etapa da República Tcheca do Campeonato Europeu.

Após a estréia no PaÁ­s do TelefÁ´nica Speedy GT3 Brasil, o gaúcho Cláudio Ricci será o primeiro piloto a disputar uma prova no Campeonato Europeu da categoria. Ele confirmou nesta semana presença nas três últimas etapas da temporada, e fará sua estréia neste domingo (14) no torneio na prova da República Tcheca – que será disputada no circuito de Brno, conhecido pela segurança e por sediar corridas de MotoGP.


 


Antes de Ricci, o paulista Paulo Bonifácio (atual parceiro de Ingo Hoffmann em um Lamborghini Gallardo V10) havia disputado duas provas do torneio europeu em 2006. O Campeonato Europeu é o primeiro da GT3 em todo o mundo e foi iniciado naquele mesmo ano. A incursão de Boni acabou lhe servindo como preparação para competir temporadas completas no Brasil. Mas a ida de Ricci – e de outros que ainda negociam participações na Europa – surgiu mesmo da implantação da categoria no Brasil e do intercâmbio técnico com preparadores europeus, responsáveis pela finalização dos supercarros que vêm ao PaÁ­s.


 


Competindo com um Ferrari F430, Ricci conquistou o tÁ­tulo de piloto mais rápido na temporada brasileira de 2007, e usará o mesmo modelo em sua estréia na Europa. O gaúcho defenderá a equipe campeã no ano passado, a Kessel Racing, tendo como companheiro na Europa o argentino Jose Balbiani. Ricci está confirmado, também, nas corridas de Nogaro (França) e Dubai (Emirados Árabes Unidos).


 


O gaúcho esteve na Europa nas últimas semanas para acertar detalhes de contrato, e espera uma adaptação natural Á  categoria. “Os carros são totalmente iguais aos que usamos no Brasil. Só o que muda é o acerto”, declarou. “Terei que me habituar Á  pista, mas como meu companheiro de equipe já conhece o circuito, e com a ajuda da telemetria, acho que isso não será um problema muito grande”, acredita o brasileiro.


 


Ricci, que é piloto da equipe CRT no Brasil, terá a companhia de seu engenheiro no Brasil, Gregório Pesinato. O técnico já esteve várias vezes na Europa para permutar informações com times locais. A troca de dados com times europeus que usam o mesmo supercarro que seus colegas brasileiros, aliás, é mais um benefÁ­cio visto por ele nesta excursão pelo Velho Continente. “Os intercâmbios são sempre positivos, e esperamos, naturalmente, aprender bastante”, encerrou.


 


Natural de Passo Fundo, Ricci iniciou sua carreira em 1985 no kart, conquistando diversos tÁ­tulos, como os Campeonatos Brasileiro, Sul-Americano, Gaúcho e Catarinense. Em seu currÁ­culo, o piloto de 37 anos conta com tÁ­tulos no Brasileiro de Endurance e na Pick-up Racing, além de passagens por F-Ford, F-Chevrolet e Stock Car V8.