GT3 Brasil: Largada confusa resulta em acidente feio de Leo Burti

Luz vermelha não apagou no inÁ­cio da prova o que estimulou série de acidentes durante a prova. Piloto nada sofreu e retorna na próxima etapa, em Interlagos.

Indignação. Essa foi a tÁ´nica de grande parte dos pilotos que largaram na sexta etapa da TelefÁ´nica Speedy GT3 Brasil, no Autódromo Internacional Nelson Piquet, na tarde deste domingo, em BrasÁ­lia, DF, vencida por Walter Salles Jr e Ricardo Rosset, com um Ford GT; seguidos por Xandy Negrão e Andreas Mattheis, também com o modelo norte-americano; e pelos irmãos Fábio e Wagner Ebrahim, com um Dodge Viper Competition.

Após a saÁ­da do Safety Car da frente do pelotão de carros, a luz vermelha deveria apagar indicando a largada da prova. Mas isso não aconteceu e, mesmo assim, a direção de prova de liberou o inÁ­cio da corrida. Resultado: vários pilotos ficaram confusos, tiraram o pé do acelerador, perderam posições e tiveram de mudar toda suas estratégias para a prova.

Um deles foi Leonardo Burti, da equipe Hot Car, que acabou caindo para a última colocação na primeira volta e, para recuperar posições sobre carros mais lentos, acabou se colocando em posição difÁ­cil, principalmente considerando que o circuito da Capital Federal se trata de pista de média para alta velocidade. Em uma das tentativas de ultrapassagens, Burti acabou se tocando com o Lamborghini de Alceu Feldmann, o que acabou desequilibrando seu Dodge Viper.

“O carro ficou extremamente traseiro. Tanto que acabei perdendo a traseira em uma reta e bati forte no guard-rail”, explicou o piloto, que nada sofreu e disse que, de dentro do cockpit, não teve a impressão que fosse tão sério, como mostraram as imagens da TV. “Mas, novamente, fica o estigma de BrasÁ­lia, local aonde as coisas não vão bem quando se trata de direção de prova. Não foi por acaso que o Ingo (Hoffmann, piloto do Lamborghini Gallardo nº 7, da Scuderia 111) começou seu protesto com a frase ‘sei que não vai adiantar nada, mas…’”, afirmou Burti.

Seu companheiro de equipe, o catarinense radicado no Rio de Janeiro, Elias Nascimento Jr., concordou. ”Se a largada tivesse sido normal, nossa estratégia era de ir com mais calma, poupar pneus e buscar melhores posições. O erro provocado pelo não apagamento da luz desencadeou uma série de problemas tanto para nós quanto para outras equipes”, relativizou Elias.

Os pilotos sempre são punidos quando erram na pista ou quando não seguem as regras da competição. Resta saber se a CBA – Confederação Brasileira de Automobilismo tomará alguma medida compensatória em função de uma falha tão grosseira para um campeonato dessa magnitude.

Apesar da força do impacto, felizmente o carro não sofreu danos estruturais e estará pronto para a próxima rodada dupla, válida pelas 7ª e 8ª etapas, em Interlagos, nos dias 12 e 13 de julho.