GT3 Brasil: Mattheis e Xandy compararam Viper e Lamborghini

Equipe Medley estréia modelo italiano neste final de semana em Curitiba, em substituição ao Viper usado desde o inÁ­cio da temporada.

O prazer de pilotar o Lamborghini Gallardo e o maior espaço interno no cockpit foram os fatores determinantes que influenciaram a equipe Medley, dos pilotos Andréas Mattheis e Xandy Negrão, a abandonar o Dodge Viper Coupé com o qual haviam conquistado uma vitória, um segundo, um terceiro e um quarto lugares ­- resultados que colocou a dupla na segunda posição na tabela de classificação. Mattheis e Negrão disputarão neste fim de semana a terceira rodada dupla da temporada do Brasil GT3 Championship, com provas válidas pela 5ª e 6ª etapas.

O novo Lambo do grid da GT3 é o mesmo modelo usado pela dupla lÁ­der do Brasil GT3 Championship, Alceu Feldmann/Paulo Bonifácio. Mattheis e Negrão realizaram um teste comparativo na última quarta-feira no autódromo de Londrina (PR). “Usamos pneus velhos, mas o Lamborghini se mostrou mais prazeroso de pilotar”, apontou Mattheis, multicampeão brasileiro de Marcas. “O câmbio também é muito bom, atrás do volante, e são usadas cinco marchas no traçado, quando com o Viper só usávamos três em virtude de sua longa relação de engrenagens”, disse.

No entanto, o piloto carioca, que também dirige a equipe Medley na GT3 e na Stock Car, disse que os dois supercarros apresentaram desempenho semelhante nos testes. “O Viper estava com os pneus mais desgastados, e por isso ele fez um tempo 0s3 pior do que o do Lambo. Mas creio que, ambos com pneus novos, o tempo seria praticamente o mesmo”, comparou.

Curiosamente, a posição de dirigir foi o fator mais determinante na escolha da dupla em favor do carro italiano: “O Viper castiga um piloto de mais estatura”, observou Mattheis. “O Xandy, que é alto, sempre acabava se machucando quando fazÁ­amos a troca obrigatória de pilotos nas corridas – uma atividade que é realizada no meio da prova e com muita pressa para não perder tempo. Com o Lamborghini, que tem um espaço interno maior, não há esse problema”, afirmou.

O engenheiro da equipe, Thiago Meneghel, informou que o Gallardo tem um conceito pouco diferente de se trabalhar em relação ao Dodge Viper Coupé. “A parte mecânica oferece um acesso mais fácil, mas por outro lado há muito mais eletrÁ´nica em virtude do câmbio semi-automático e dos freios. No resto, é muito parecido com os outros carros da categoria, por isso acho que estão todos bem equalizados”, apontou.

Foto: Miguel Costa Júnior