Ex-piloto de Fórmula 1 bateu forte no sábado em Tarumã.
O carioca Roberto Moreno era provavelmente o piloto mais feliz desde o primeiro dia de treino para a rodada dupla da GT3 em Tarumã (RS), na qual dividia a condução de um Ferrari F430 com o paulista Carlos Crespo. “Isso aqui está demaisâ€, dizia ele, sobre a sua estréia oficial em uma temporada completa no Brasil, lembrando que, em quase 30 anos de carreira, nunca havia competido no paÁs. No entanto, no segundo treino livre da sexta-feira, o piloto carioca bateu forte seu Ferrari. “Obviamente, fiquei muito chateado, especialmente pelo Crespo, meu parceiro, pois o acidente o tirou da corrida tambémâ€, comentou o ex-piloto de Fórmula 1. “Mas bater faz parte do jogo. Você tem que evitar, claro, mas só bate quem está buscando o limite do carro. De qualquer jeito, foi uma pena, gostaria muito de estrear com nosso Ferrari, um belÁssimo carro de corridasâ€, disse Moreno.
O Ferrari ficou bastante danificado, especialmente a caixa de câmbio e as longarinas, a ponto de a dupla não participar das tomadas de tempo. O experiente Moreno, no entanto, comoveu seus colegas e rivais de pista ao arregaçar as mangas e começar imediatamente o trabalho de recuperação do carro. “Vamos tentar largar, não sei se dará tempoâ€, dizia ele. “Temos até amanhã cedo para tentar colocar o carro em condições. E vamos tentarâ€.
O esforço foi suspenso algumas horas depois, já no inÁcio da noite, quando a equipe CRT chegou Á conclusão de que não havia condições de terminar a tarefa “Faltam peçasâ€, disse Moreno. “Estávamos tentando produzir algumas coisas localmente, e fazer reparos com um especialista em soldas especiais, mas o resultado poderia comprometer o carro. Achamos melhor desistir, o que foi muito tristeâ€, disse o piloto.
Ontem, logo após a batida, Roberto comentou que seu acidente não teria conseqüências caso tivesse acontecido em uma pista com mais áreas de escape. “Eu só rodei, uma coisa normal em um treino, mas ali não há espaço e fui direto de traseira para o muro que ladeia a pista. Se fosse em outra pista, como Interlagos ou Curitiba, eu simplesmente teria engatado a primeira marca e voltado para o treino. Aqui, realmente, os erros podem custar caroâ€, explicou. “No entanto, quero deixar claro que adorei esta pista. É muito rápida, e exige coragem do piloto – caracterÁsticas que aprecio muito. Gostaria muito mesmo de ter podido correr aquiâ€.
Foto: Miguel Costa Júnior/GT3