GT3 Brasil: Pilotos lamentam estado de abandono de Jacarepaguá

O estado de abandono em que se encontra o autódromo de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, foi um dos principais temas das entrevistas coletivas concedidas pelos pilotos após as provas da 5º etapa do GT3 Brasil, no último domingo (07/09).

Após ser palco do GP de F-1, no perÁ­odo de 1978 a 1989, com exceção de 1980, Jacarepaguá chegou a ganhar um circuito oval, abrigando a F-Indy por três anos, entre 1996 e 1998.


Porém pouco a pouco o autódromo foi sendo abandonado, a pista oval sumiu e com as obras para o Pan-americano de 2007 e a construção de várias instalações (hoje praticamente sem nenhum uso), a pista foi mutilada, passando para apenas 3 km de extensão.


Sem manutenção e estrutura precária, Jacarepaguá agoniza, visto que o COB quer demolir de vez o autódromo, com a promessa do governo, da construção de um novo em folha. Coisa que duvido que aconteça. E uma pergunta, é justo uma entidade esportiva, pensando apenas em si, acabar com outra prática esportiva e principalmente com os milhares de empregos que ela cria?


Confira as principais declarações dos pilotos.


Emerson Fittipaldi â€œÉ lamentável o autódromo como está, um dos mais lindos do Brasil. O Rio não merece do jeito que está aqui”.


Ingo Hoffman “Uma pena. Também o considero um dos melhores do paÁ­s. O autódromo não tem água. Pagamos oito mil reais para um caminhão pipa para os boxes. Não podemos esperar muito dos polÁ­ticos”.


Walter Salles “Destruir isso aqui dá muita pena. É o melhor autódromo do Brasil”.


Andreas Mattheis “As instalações abandonadas são facilmente consertadas. Era uma pista de 5 km, virou 3 km. As retas curtas acabam forçando os freios. Como circuito ficou mutilado. Não vejo como arrumar”.


“A prefeitura iria reconstruir depois do Pan-americano, mas nada aconteceu. Hoje em dia o Rio não tem autódromo. As categorias vêm para prestigiar, pois ele é fora do padrão. Autoridades falam em um novo autódromo. Não é um investimento grande. O lugar da F-1 é no Rio”.