GT3 Brasil: Porsche vence a segunda consecutiva

Ricardo MaurÁ­cio e Miguel Paludo repetiram resultado da última prova em Interlagos e triunfaram debaixo de muita chuva em Londrina.

Apesar da chuva e do frio deste sábado (25) em Londrina (PR), a primeira corrida da quarta rodada dupla do Itaipava GT3 Brasil foi repleta de disputas. E a vitória ficou com o Porsche 997 conduzido pela dupla Miguel Paludo/Ricardo MaurÁ­cio. É o segundo triunfo consecutivo da dupla, que em Interlagos, no inÁ­cio do mês, havia faturado a segunda corrida daquele final de semana, o que marcou o primeiro triunfo da Porsche na história do Itaipava GT3.

Em segundo lugar, após impressionante recuperação, ficou o Ferrari Scuderia de Chico Longo/Daniel Serra, que amanhã larga da pole position. Marcelo Hahn/Allam Khodair (Ferrari F430) terminaram em terceiro lugar, com os lÁ­deres do campeonato Rafael Derani/Cláudio Ricci (Ferrari F430) no quarto lugar, dupla seguida por Thiago Camilo/Norberto Gresse com o outro Porsche 997 da equipe WB Motorsports.

Devido a insistente chuva que cai na cidade desde o inÁ­cio da manhã, a direção de prova determinou que a largada fosse dada com o safety car na pista. Na terceira volta os pilotos receberam bandeira verde para acelerar. Sem o spray (que é levantado pelos carros) Á  sua frente, Miguel Paludo não teve problemas para manter a primeira posição. Na parte inicial da prova, quem se destacava era Thiago Camilo com o Porche 997, que fez três ultrapassagens. Na oitava volta, no entanto, o piloto perdeu o controle do carro na saÁ­da da chicane. O bólido alemão rodou na área de escape, mas voltou Á  pista novamente, imprimindo um ritmo forte.

No 23º minuto de corrida – momento da abertura dos boxes para a troca obrigatória de pilotos -, Marcelo Hahn foi o primeiro a entrar para passar o volante a seu parceiro, Allam Khodair. A maioria dos pilotos realizou a troca antes de completada a primeira metade da prova. Arriscando uma estratégia para ganhar mais posições, Camilo permaneceu no traçado para andar o máximo possÁ­vel com pista livre Á  frente.

O paulista parou no 36º (e penúltimo) minuto da janela para entregar o Porsche a Norberto Gresse. A tática ajudou a dupla, e Gresse voltou Á  pista na quinta posição. O primeiro lugar voltava então Á s mãos do Porsche que seria pilotado agora por Ricardo MaurÁ­cio, substituto de Paludo.

Na 31ª volta, Allam Khodair ultrapassou Cláudio Ricci no duelo particular dos Ferrari F430 para assumir a segunda posição. Enquanto brigavam pela vice-liderança, Daniel Serra (parceiro de Chico Longo) trazia seu Ferrari Scuderia para a briga fazendo voltas voadoras, tirando mais de um segundo por volta em relação aos carros da frente. Faltando pouco mais de três minutos para a bandeira quadriculada, Daniel ultrapassou Ricci e, na última volta, tomou o segundo lugar de Khodair.

Na bandeirada, mais uma festa para a equipe WB Motorsport, com Ricardo MaurÁ­cio cruzando a linha de chegada com 7s246 de vantagem para Daniel Serra. Apesar da corrida disputada, foi unanimidade entre os pilotos o fato de a prova ter sido bastante difÁ­cil. “Estava muito parelho, todo mundo andando muito junto”, afirmou Cláudio Ricci. “A pista estava muito difÁ­cil pela chuva e a inconstância na aderência, mas eu e o Rafael corremos pensando no campeonato”, afirmou o gaúcho, que soma 107 pontos na liderança do certame com seu parceiro de Ferrari.

“Estávamos bem rápidos, mas acho que poderia ser melhor. Vamos fazer algumas alterações no carro para a corrida de amanhã”, disse Daniel Serra, protagonista de impressionante recuperação em Londrina a bordo da Ferrari Scuderia que largará na pole position na corrida marcada para as 12 horas deste domingo (26), com transmissão ao vivo pelo canal Record News.

Dupla afinada – Ricardo MaurÁ­cio creditou parte do triunfo conquistado neste sábado ao entrosamento da dupla que forma com o gaúcho Miguel Paludo. “A minha tocada e o estilo de guiar do Paludo são muito parecidos, então acho que isso facilita bastante”, disse. O gaúcho concorda: “Nosso acerto de carro é muito semelhante e estou muito feliz com a nossa parceria”.

Sobre a corrida, Miguel afirmou que tentou aproveitar o fato de não ter carros Á  sua frente para abrir a maior distância possÁ­vel. “No começo andei forte para abrir vantagem e entregar o carro para o Ricardinho em uma posição em que ele pudesse administrar o ritmo. E deu certo”, contou.

“Até tentei tirar um pouco o pé para levar o carro com tranqüilidade até o final da prova, mas os Ferrari estavam muito rápidos. Então, não aliviei muito porque eles poderiam se aproximar”, explicou MaurÁ­cio.