GT3 Brasil: Segunda temporada consolida categoria dos super-carros

Terminou no domingo (30/11), em Interlagos, São Paulo, a segunda temporada do GT3 Brasil, a categoria que trouxe os super-carros europeus e norte-americanos para as pistas brasileiras.

A grande vedete do ano foi o Ford GT V8, vencedor de onze, das dezesseis etapas. Os campeões Andreas Mattheis/ Xandy Negrão e os vice-campeões Ricardo Rosset/ Walter Salles, guiaram o carro norte-americano durante o campeonato, fazendo as outras equipes, com seus Porsche 997 GT3 Cup Boxer, Dodge Viper Competition Coupé V10, Ferrari F430 V8 e Lamborghini Gallardo V10, comer poeira na maioria das provas.


Mesmo depois das equalizações que tiraram potência dos Ford, as demais marcas não conseguiram igualar o rendimento, o que gerou muitas reclamações das equipes. O que foi em parte rebatido pelas duas duplas da Ford, lembrando que somente no Brasil a marca venceu o campeonato.


O tÁ­tulo do campeonato foi decidido somente na 15ª, e penúltima prova, no sábado (29/11). Com a vitória na corrida, Mattheis/ Negrão abriram onze pontos de vantagem sobre Salles/ Rosset, que foram segundo na prova, após dominaram o começo, mas levaram um drive-though, por não respeitar o tempo mÁ­nimo de dois minutos no pit stop.


No domingo a dupla, que faturou o bi-campeonato, venceu, após largarem em último, devido a um problema elétrico na volta de apresentação. Eles contaram com os diversos acidentes e abandonos dos ponteiros, além da grande superioridade de seu equipamento. 


Mattheis/ Negrão somaram 116 pontos, seis a mais do que Salles/ Rosset. Os bi-campeões começaram o ano com o Dodge Viper Competition Coupé V10, que conquistaram o tÁ­tulo do ano passado, a terceira prova do ano, em São Paulo. Na etapa seguinte, em Curitiba, estrearam o Ford GT V8, colecionado mais sete vitórias.


O retorno do ex-piloto da Arrows e Tyrrell na F-1, após dez anos longe das pistas foi uma das grandes surpresas do começo do ano. O convite do cineasta Salles a Rosset se mostrou certeiro, com o experiente piloto mostrando todo o seu talento, aliado a grande evolução de Salles nas pistas. Eles venceram quatro provas.


Os irmãos Ebrahim, Wagner e Fábio, não venceram nenhuma prova a bordo do Dodge Viper Competition Coupé V10, mas a regularidade da dupla, vinda do Brasileiro de Marcas, foi fundamental para a terceira posição na tabela de pontos, com 66.


Alceu Feldman venceu três vezes, a primeira do ano em Curitiba, com Thiago Marques dividindo o Lamborghini Gallardo V10 e duas com Lico Kaesemodel, com um Dodge Viper Competition Coupé V10. Foi quarto no ano, com 63 pontos.


Valdeno Brito teve três parceiros no ano, Antonio Hermann, Emerson Fittipaldi e Norberto Gresse, no Porsche 997 GT3 Cup Boxer, sendo o melhor colocado da marca alemã, 5º, com 49 pontos. Foram dois segundos lugares e um terceiro.


A dupla Cláudio Ricci/ Rafael Derani, foi a melhor colocada com a Ferrari F430 V8, com 46 pontos, na 6ª posição. Um terceiro lugar foi o melhor resultado.


Ingo Hoffmann/ Paulo Bonifácio, num Lamborghini Gallardo V10, foi a outra dupla vencedora no ano, a 7ª prova em São Paulo.


O grande acontecimento do ano, contudo foi o retorno dos irmãos Fittipaldi, Emerson e Wilsinho, as pistas brasileiras. Eles estrearam a dupla na segunda etapa, em São Paulo, com um no Porsche 997 GT3 Cup Boxer, da WB Motorsport. Na etapa seguinte, foram quinto colocados nas duas provas em Brasilia, mas apenas os três primeiros colocados subiam ao pódio naquela etapa. No Rio de Janeiro, Emerson passou a fazer dupla com Brito, com Wilsinho re4editando a parceria vencedora das Mil Milhas, com Antonio Hermann. Logo na primeira corrida de Emerson/ Brito eles conquistaram o segundo lugar, marcando o retorno do bi-campeão de F-1 ao pódio de Jacarepaguá, trinta anos depois do histórico segundo lugar no GP do Brasil de F-1, com o Copersucar- Fittipaldi.


Com compromissos com a A1GP, onde é sócio e diretor da equipe brasileira, Emerson se ausentou das duas etapas seguintes, retornando na última etapa. E para emoção de todos, conquistou um terceiro lugar, com Brito, na prova de encerramento do campeonato.


Com problemas financeiros, a equipe alugou o segundo Porsche para o estreante Miguel Paludo. Wilsinho ficou fora da etapa, mas estava em Interlagos, acompanhando tudo o que acontecia na equipe.


A Mattheis Motorsport foi a campeã de equipes, com 116 pontos, mesmo número de pontos da Full Time, que ficou com o vice no critério de desempate. A GT Racing, com 100, foi 3º, seguida pela WB Motorsport e a campeã de 2007, a CRT, ambas com 61 pontos.


Com a promessa de novos carros, como o Corvette e o Aston Martin, a terceira temporada tem tudo para cair de vez no gosto do público, que ainda não comparece como deveria as etapas.