GT3 Brasil: Vencedores no Rio de Janeiro em 2008 alertam para asfalto abrasivo

Andreas Mattheis e Ricardo Rosset apontam o piso de Jacarepaguá, aliado ao calor, como fatores determinantes para um bom desempenho no Rio de Janeiro.

Há pouco mais de um ano o Itaipava GT3 Brasil fez sua primeira corrida no Autódromo Internacional Nelson Piquet, em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro. Como sempre, a categoria dos carros dos sonhos fez uma rodada dupla em terras cariocas, e as duas duplas que polarizaram a disputa pelo tÁ­tulo na última temporada, Andreas Mattheis e Xandy Negrão; e Ricardo Rosset e Walter Salles, venceram uma corrida cada.

Mattheis e Rosset apontam o calor da Cidade Maravilhosa como um dos fatores que podem decidir a prova na capital fluminense. Outra caracterÁ­stica do circuito de Jacarepaguá, entretanto, também será fundamental para que pilotos e equipes encontrem um bom acerto para seus carros: o asfalto abrasivo.

“A maior particularidade de Jacarepaguá é o asfalto, que é muito abrasivo. A grande questão é poupar o carro e encontrar um bom equilÁ­brio, o que é bem complicado”, apontou Rosset, vice-campeão da temporada 2008 ao lado de Walter Salles.

O experiente piloto e também chefe de equipe Andreas Mattheis concorda com o ex-piloto de Fórmula 1. Para o carioca, achar um acerto que faça com que os pneus não se acabem no asfalto abrasivo de Jacarepaguá é a chave para ter um resultado maravilhoso na Cidade Maravilhosa.

“O autódromo de Jacarepaguá tem um asfalto antigo, e por isso muito abrasivo. Tem de ficar atento para encontrar um acerto mais conservador. Principalmente durante a corrida, porque no Itaipava GT3 Brasil é uma hora direto, sem troca de pneus. Então, o piloto tem de ter uma tocada muito suave também, porque dentro do cockpit de um carro de turismo o calor é muito forte”, declarou Mattheis, que continuou: “Outra dificuldade é que, como o autódromo é pouco utilizado, costuma ter areia na pista, mas isso já se resolve com os primeiros treinos, na sexta-feira. Além disso, por ter poucas corridas, também, costuma ter pouca borracha no traçado. Mas como teve corrida da Porsche Cup há duas semanas, e Stock Car na semana passada, isso deve estar um pouco melhor”.

Outro fator muito comum no Rio de Janeiro, que foi citado pelos dois vencedores do ano passado, pode acrescentar o cansaço fÁ­sico dos pilotos no momento da disputa: o calor. “Além do asfalto abrasivo, se o clima estiver quente, o desgaste do carro fica ainda mais potencializado”, disse Mattheis.

“O calor criou problemas nos nossos freios, porque eu e o Walter (Salles) carregávamos lastro por causa dos resultados anteriores. Então, é mais um fator complicador e que se deve prestar atenção”, analisou Rosset.