Histórias: Equipe Aston Martin

Em 1908 o jovem londrino Lionel Martin instalou uma fabrica de consertos de automóveis, com seu amigo Robert Bamford. Ficaram especializados na preparação esportiva da marca B&M Singer. Em 1913 Lionel Martin venceu a prova de subida de montanha Aston Climb, num carro de sua própria construção. Decidiu então, com Bamford, fundar a Aston Martin, combinação do nome da prova Aston Climb, com o seu sobrenome. Começaram construindo carros em suas garagens, em Abingdon Road, Kensigton Em 1920 Bamford deixou a sociedade.

 


Martin conseguiu o apoio do rico Conde polonês LuÁ­s Vorov Zborowski. As vitórias esportivas surgiram, mas os resultados comerciais não. Zborowski morreu em 1924, em um acidente, com uma Mercedes, no autódromo de Monza. A fabrica foi Á  falência, sendo salva pela famÁ­lia do Lorde John Benson. Lionel Martin passou a exercer apenas o cargo de diretor técnico. Mas no ano seguinte a empresa foi posta em liquidação.


 


 Em outubro de 1926 foi comprada pelo italiano Augusto Cesare Bertelli. Lionel deixou a empresa em definitivo, mas o nome foi mantido. Apesar dos problemas financeiros, a empresa tinha uma boa reputação no mercado. Uma nova fabrica, em Feltham, foi então adquirida.


 


Em 1927 foram apresentados os novos modelos da fábrica. Estes carros conquistaram bons resultados em diversas corridas. Mas as vendas continuavam baixas. No inicio dos anos trinta o controle financeiro da Aston Martin mudou novamente. Sir Arthur Sutherland adquiriu a empresa. Depois da Segunda Guerra Mundial novamente a Aston Martin mudou de mãos.


 


David Brown adquiriu a fabrica em 1947, e no ano seguinte conquistou os primeiros bons resultados em corridas de expressão. Com Sir John Horsfall e Leslie Johnson, a bordo do DB1 (de David Brown) conquistaram a vitória nas 24 horas de Spa. No ano seguinte começaram as participações nas 24 horas de Le Mans.


 


No meio da década de cinqüenta David Brown decidiu entrar na F-1. O modelo, desenhado por Ted Cutting, foi denominado DBR4/250 e ficou pronto para a temporada de 1959. Mas o carro, equipado com motor dianteiro já nasceu obsoleto. A dupla que corria para a marca nas provas de carros esporte, foi levada a F-1. O inglês Roy Salvadory, já com alguma experiência na categoria e o norte-americano Carrol Shelby. A estréia do carro foi animadora, com Salvadory terminando em 2º no International Trophy, prova extra-campeonato. A Aston Martin apareceu pela primeira vez, em um GP oficial, na Holanda, terceira etapa do ano.  Shelby alinhou em 10º e Salvadory em 13º. Ambos abandonaram.


 


Na corrida seguinte os Aston Martin surpreenderam na classificação para o grid de largada. Salvadory fez o segundo melhor tempo e Shelby o sexto. Na corrida Salvadory foi o sexto, mas na época apenas os cinco primeiros pontuavam. No GP da Alemanha a equipe não apareceu. Salvadory foi novamente sexto colocado no GP de Portugal. O GP da Itália foi o último disputado pela equipe no ano. Não viajaram para a disputa do GP dos EUA.


 


Apesar do insucesso na F-1, nas corridas de carros esporte a Aston Martin conquistou o seu grande resultado. A dupla Salvadory/Shelby venceu Á s 24 horas de Le Mans de 1959.


 


Um novo modelo, o DBR5/250, foi desenvolvido para 1960. Shelby deixou a equipe e o francês Maurice Trintignant passou a fazer dupla com Salvadory. Mas o carro apareceu em apenas dois GPs no ano. Na Holanda, com Salvadory e na Inglaterra, onde Salvadory abandonou e Trintgnant terminou em 11º. Depois desta corrida a equipe se retirou da F-1. Os modelos foram usados, com razoável sucesso, nas corridas da serie Tasmaniana, no inicio dos anos sessenta.


 


A marca continuou a crescer nos anos sessenta. O famoso carro do agente secreto James Bond era um Aston Martin. Em 1968, David Brown foi condecorado por seus serviços na indústria automobilÁ­stica. Quatro anos depois Brown deixou a companhia, que voltou a ter problemas financeiros. Depois de ter vários proprietários foi comprada pela Ford Motor Company, em 1987. A marca hoje é um sÁ­mbolo de status e luxo em automóveis.


 


Na F-1 foram apenas seis GPs disputados.