IndyCar: Bruno Junqueira confirma sua força em Watkins Glen, chega a ser o terceiro e recebe a bandeirada em sexto numa corrida complicada

Scott Dixon, lÁ­der do campeonato, 10º. Hélio Castroneves, vice-lÁ­der, 15º. Dan Wheldon, terceiro colocado, fora da prova desde a 37ª volta, quando já estava distante dos primeiros. Uma olhada no desempenho dos primeiros na temporada da Indy Racing League no GP de Watkins Glen, décima etapa do campeonato, mostra como o desafio de completar 60 voltas no lendário circuito misto próximo a Nova York não é dos mais simples. Num domingo que marcou a primeira vitória de Ryan Hunter-Reay (Rahal Letterman) na categoria, Á  frente do igualmente surpreendente Darren Manning (Foyt) e de Tony Kanaan, que correu com uma fratura no braço depois de um acidente no aquecimento, Bruno Junqueira (Alcompac/Telemont) confirmou as boas expectativas e recebeu a bandeirada em sexto, melhor resultado no campeonato, bem como o melhor desempenho entre as equipes vindas da ChampCar.

Bruno largou em 11º e apostava numa estratégia baseada na economia de combustÁ­vel para ganhar posições e se manter no pelotão de lÁ­deres. Livre das confusões das primeiras voltas, ganhou uma posição de Wheldon e, ao contrário de boa parte dos adversários, preferiu não parar para reabastecimento e troca de pneus na primeira neutralização do dia, na 7ª volta, provocada por Castroneves, que parou na entrada dos boxes. Seguindo o caminho do pole Ryan Briscoe (Penske) e de Dixon, subiu para a quarta posição e fez seu primeiro pitstop na 20ª volta.


Para poder completar a prova com apenas mais uma parada, Bruno torcia por nova bandeira amarela, além de fazer sua parte, administrando o etanol no tanque de seu Dallara Honda. O piloto da Coyne chegou a ocupar a terceira posição depois da 38ª volta, superado apenas por Dixon e Ryan Briscoe e viu seu esforço premiado quando VÁ­tor Meira, tocado pelo venezuelano E.J.Viso, na 39ª passagem, levou a direção de prova a neutralizá-la mais uma vez.


O pódio parecia um resultado certo, quando o mineiro acabou prejudicado pela terceira e última bandeira amarela da prova, na 48ª passagem, por problemas com Enrique Bernoldi. Na relargada, Bruno, que vinha em quarto, tentou atacar Tony Kanaan mas, sem espaço, não pÁ´de se defender de Buddy Rice e Marco Andretti. Mesmo assim, a sexta posição foi um resultado mais do que comemorado, que traz boas perspectivas para as últimas corridas do campeonato, com provas nos mistos de Edmonton, Mid-Ohio e Detroit.



“Estou muito contente hoje, tivemos um carro consistentemente rápido, e mesmo economizando combustÁ­vel a corrida toda, ainda consegui marcar uma excelente volta. Andei todo o tempo entre os primeiros, e cheguei mesmo a acreditar num pódio, mas a bandeira amarela na volta 48 acabou por me prejudicar, e depois disso ainda perdi duas posições na relargada, quando ao tentar ultrapassar o Tony na curva 1 e não conseguir, tive que tirar o pé, acabei passando a marcha de 6ª para 5ª, e meu carro quase parou, e fui ultrapassado pelo Buddy Rice e pelo Marco Andretti. Mas o sexto lugar foi excelente, e me deu uma grande carga de energia para buscar ainda melhores resultados nessa temporada, principalmente sendo daqui ao fim da temporada
metade das corridas em circuitos mistos.”


Para completar a festa da Coyne, Mário Moraes levou o outro carro da equipe ao sétimo posto. “Foi mesmo um grande dia para a equipe Dale Coyne, com o meu sexto lugar, e o Mario em sétimo, esse foi nosso melhor final de semana, e acredito que teremos ainda grandes resultados para comemorar”, destacou Bruno, que volta a acelerar sábado no oval de Nashville, a capital da música country.