IndyCar: Com problema em seu Dallara Honda, Bruno Junqueira consegue lugar na sétima fila do GP de Milwaukee, e busca bom resultado

Um circuito oval, com duas curvas e duas retas, como boa parte das pistas desse tipo do calendário da Indy Racing League. Mas um oval diferente dos demais, por exigir frenagens e mudanças de marcha em apenas uma milha (1.609m) de extensão. Depois das altÁ­ssimas velocidades alcançadas em Indianápolis, há uma semana, desta vez a média será um pouco mais baixa. Nem por isso, vai faltar emoção na sexta etapa da temporada, o GP de Milwaukee, com largada Á s 17h (de BrasÁ­lia), e 225 voltas. Na primeira fila, dois sobrenomes tradicionais nas pistas dos EUA. Marco Andretti (Andretti Green), filho de Michael e neto de Mario sai na pole, tendo a seu lado Graham Rahal (Newman Haas Lanigan), filho de Bobby Rahal.

Quem vê o grid para a corrida deste domingo poderia imaginar que o mineiro Bruno Junqueira (Brasil Telecomunicações/Telemont) teria motivos para comemorar o 15º lugar, mesma posição conseguida nas 500 Milhas. Basta analisar a seqüência de voltas do piloto da Dale Coyne, no entanto, para entender que ele poderia estar bem mais Á  frente, caso não tivesse sofrido uma pane seca nos metros finais da qualificação – conseqüência de um banal erro de cálculo.


Depois de chegar a andar em 22s1 (menos de meio segundo acima da volta mais rápida do treino), Bruno fechou a quarta volta em 22s7, pelo menos oito décimos de segundo mais lento do que esperava fazer. De positivo, fica o fato de o time ter conseguido um bom acerto, que pode levar o piloto de Belo Horizonte a um lugar entre os 10 primeiros, numa prova de curta duração e que costuma ser traiçoeira, exigindo cautela e premiando a experiência.


Bruno não escondeu a decepção por ter ficado sem o resultado que imaginava conseguir, especialmente depois de ter sido o sétimo mais rápido no último treino livre de ontem. “Estou realmente chegando ao meu limite, tenho tentado manter a calma, sabendo das dificuldades que todas as equipes que estão vindo da ChampCar têm passado, mas
os erros têm sido muito recorrentes. Consegui no treino de hoje finalmente estar entre os dez primeiros, mas um erro de cálculo me tira a chance de largar em uma posição decente aqui. Essa foi uma pista em que sempre andei bem com os ChampCar e cheguei bastante confiante de que poderia ter uma boa performance com o IndyCar, mas não tive a oportunidade.”


Justamente por mais um problema enfrentado (nas 500 Milhas a perda de um dos retrovisores provocou um prejuÁ­zo de 15 voltas parado nos pits), Bruno prefere uma postura cautelosa. Vontade não vai faltar, mas a expectativa é de que o equipamento e a equipe também correspondam. “Não sei o que esperar da corrida de amanha, pois meus dias tem sido
realmente imprevisÁ­veis”
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