IndyCar: Decisões certas no final põem Meira em nono lugar em “corrida errada”

Brasileiro da A.J. Foyt acaba envolvido em dois acidentes e vê problemas serem compensados com “volta por cima”

A volta da Fórmula Indy aos circuitos ovais curtos devolveram Vitor Meira ao grupo dos 10 primeiros colocados. O brasileiro da A.J. Foyt Racing saiu da 14ª etapa, na noite brasileira de sábado (28) no Chicagoland Speedway, com o nono lugar, depois de largar em 24º. Dos que disputam regulamente o campeonato, foi ele o piloto que mais ganhou posições na tabela de classificação geral – três, que o devolveram Á  12ª posição.

“Hoje, vou dormir com a minha consciência tranquila”, resumiu Meira, que esteve entre os 10 primeiros nas quatro últimas corridas da Indy em ovais curtos. “A corrida inteira foi errada, a nossa estratégia esteve desfavorável durante todo o tempo. Acabei perdendo o aerofólio dianteiro duas vezes. A gente não conseguiu trabalhar no carro para melhorar, passamos todo o tempo procurando recuperar o tempo perdido. Foi complicado”.

Meira acabou envolvido em dois acidentes no GP de Chicago. O primeiro, na quinta das 200 voltas. “Alguém errou, todo mundo Á  minha frente foi freando e eu acabei acertando a traseira do carro da Bia”, descreveu o piloto, citando sua compatriota Ana Beatriz. Com o pit stop imprevisto para troca o aerofólio dianteiro, avariado, voltou Á  pista em último entre os 27 remanescentes – Tomas Scheckter e Raphael Matos abandonaram na batida.

A nova avaria ocorreu na 85ª volta, quando a direção de prova preparava a relargada depois da segunda intervenção do safety car, motivada por uma batida leve da própria piloto brasileira num muro. “Áamos relargar, todo mundo começou a frear, de repente eu fui para fora, o (Alex) Tagliani veio e bateu no meu carro. Ele começou a rodar para cima de mim e acabou me acertando, nem ele e nem eu conseguimos parar. Fui trocar o bico de novo”, contou.

O piloto considerou ter contado com a sorte por não ter abandonado. “Em qualquer circuito oval, se toca carro com carro, o normal é o piloto ficar fora e ter de ir para casa mais cedo. Felizmente, nos dois casos, consegui continuar, mas o prejuÁ­zo naqueles momentos foi grande. A gente não estava tendo sucesso com o modo como vinha tentando recuperar o tempo perdido. Não foi culpa de ninguém, eu me incluo nisso. Estávamos errando”, narrou.

Depois de liderar seis voltas da corrida, em dois momentos distintos, por conta dos momentos distintos em que foi para os boxes para seus pit stops, Meira identificou um momento diferente na corrida nas últimas 50 das 200 voltas do GP de Chicago. “Os erros ficaram para trás, começamos a acertar muito. Paramos e completamos o tanque de combustÁ­vel. Muitos não trocaram pneus, nós trocamos. As decisões do fim da corrida foram precisas”, apontou.

Alheio Á s circunstâncias que marcaram sua participação na movimentada corrida, vencida pelo escocês Dario Franchitti, Meira afirmou que estar entre os 10 primeiros colocados era algo que via como objetivo viável momentos antes da largada. “Depois das coisas que aconteceram, não imaginei que a gente poderia chegar bem. Fizemos nosso papel, demos a volta por cima mesmo com todos os problemas que aconteceram. Estou feliz”, arrematou.