IndyCar: Dia de treinar pit stops em São Paulo

Com as atividades de pista começando apenas neste sábado no circuito do Anhembi, equipes aproveitaram a sexta-feira para definir estratégias, preparar o carro e ensaiar paradas de box para a prova de estréia da temporada.

A sexta-feira não teve atividades de pista no Circuito do Anhembi – palco da primeira prova de rua da história da Fórmula Indy no Brasil -, mas nem por isso o dia foi de pouco trabalho para as 14 equipes que disputarão a corrida deste domingo, Á s 13h, com transmissão ao vivo pela TV Bandeirantes.

Nos escritórios montados no interior do pavilhão de exposições, pilotos e engenheiros discutiram o acerto teórico dos carros, com o qual vão iniciar os treinos neste sábado. E nas garagens, mecânicos e auxiliares deixaram tudo pronto para que os motores possam roncar já a partir das 9h de amanhã, horário do primeiro treino da Fórmula Indy em São Paulo.

“Nossa rotina nesta sexta-feira foi intensa, apesar da ausência de treinos”, disse o brasileiro Mario Romancini, estreante da equipe Conquest Racing e um dos sete pilotos do paÁ­s confirmados para esta etapa. “Tivemos reuniões com os engenheiros e passamos boa parte do dia atendendo a imprensa, os patrocinadores e os fãs. Esse contato próximo entre o público e os pilotos é um dos aspectos mais legais da Fórmula Indy”, declarou o piloto.

No final do dia, a Conquest realizou uma bateria de testes de pit stops na posição exata em que o carro de Mario Romancini deverá parar neste domingo. A previsão é de que sejam realizadas três trocas de pneus e reabastecimentos na São Paulo 300, o que torna o ensaio geral de hoje ainda mais importante para a corrida.

“Os pit stops são muito importantes, principalmente em uma categoria competitiva como a Fórmula Indy”, disse Romancini. “Durante a prova, a variação de tempo entre uma volta boa e uma volta ruim é de cerca de três décimos de segundo. Em uma parada, se algo sair errado, podemos perder facilmente três segundos. E recuperar todo esse tempo na pista é sempre muito difÁ­cil”, acrescentou.

Estreante na competição, Romancini conviverá pela primeira vez com a rotina de paradas para reabastecimento e troca de pneus, um momento que pode mudar a história de uma corrida. Mas garante que já aprendeu bem, ao menos em teoria, a maneira como um bom pit stop deve ser realizado.

“Parar exatamente em cima das marcas que os mecânicos fizeram hoje no nosso espaço do pit lane é o mais importante”, disse o brasileiro. “Isso porque a mangueira de reabastecimento precisa ser colocada exatamente em um ângulo reto para que o fluxo de etanol seja perfeito, e esteja de acordo com o cálculo dos engenheiros para o tempo total do reabastecimento. Uma parada fora do lugar também exige movimentos mais longos para a colocação das rodas, o que pode causa a perda de mais alguns segundos”, explicou o brasileiro.

Cinco mecânicos participam diretamente dos pit stops. Nas simulações de hoje da Conquest Racing, o tempo médio de parada foi de 7 segundos para a troca de pneus e um rápido – e hipotético – reabastecimento. Esse número pode variar de acordo com a quantidade de combustÁ­vel colocada em cada parada.