IndyCar: Kanaan aposta em “injeção milagrosa” para obter bom resultado no Anhembi

Baiano, quarto colocado no treino classificatório, confia que terá condições de suportar as exigências fÁ­sicas da corrida, apesar de lesão na mão; já Bia e Helinho buscam corrida de recuperação

Grande destaque do esquadrão brasileiro no treino classificatório para a Itaipava São Paulo Indy 300 Nestlé, Tony Kanaan apostará em uma injeção de medicamentos para aumentar suas chances de bom resultado na corrida deste domingo.

O piloto da KV foi quarto colocado no grid de largada em meio a uma luta contra uma luxação e uma ruptura de ligamentos em sua mão direita, causada por um acidente na corrida anterior, em Long Beach. Com o objetivo melhorar suas condições fÁ­sicas para as atividades de sábado, Kanaan fez uso de um medicamento injetavel, o que possibilitou a conquista da melhor posição de largada de um brasileiro em toda a história do evento no Anhembi.

Contudo, para o domingo, o desafio será ainda maior, já que Kanaan terá de guiar lesionado pelos mais de 300 km de duração da corrida. “Claro que ainda estou preocupado com a mão. Hoje de manhã senti uma dor forte e agora Á  tarde tomei uma injeção milagrosa e consegui aguentar. Amanhã vou tomar essa injeção novamente e, se Deus quiser, vou aguentar a prova”, disse o campeão de 2004.

“Claro que os treinos livres e a classificação não são referências. Demos quatro voltas de cada vez. Está longe de ser uma corrida inteira. Agora é tentar descansar o máximo possÁ­vel e me preparar para amanhã”, continua. Além de contar com a injeção, Kanaan também teve de fazer adaptações em seu equipamento. “Andei sem a faixa, sem o molde da mão e sem o molde do volante que fizemos. Estou usando a tala apenas por cima da luva porque não deixa o meu dedo vir pra trás”, explicou.

Eliminados na primeira fase, Bia e Hélio buscam prova de recuperação: integrantes do mesmo grupo, os dois foram pegos desprevenidos pela bandeira vermelha no final do Q1, causada por James Jakes, e não tiveram oportunidade de registrar um tempo competitivo. Com isso, a piloto da Dale Coyne foi a 16ª colocada, enquanto o tricampeão das 500 Milhas de Indianápolis ficou duas posições atrás.

A situação não é exatamente nova para Castroneves, que também teve de largar do fundo do pelotão no ano passado. “Em 2012, larguei em 20º e terminei em quarto. A Penske sempre se preocupa e tenta se preparar para situações inesperadas, mas hoje não tÁ­nhamos o que fazer. É uma pena porque sentÁ­amos que tÁ­nhamos condições de ficar entre os seis primeiros”, lamentou. “O carro estava muito bom. Mas amanhã é o dia para recuperar. Será um dia de muito trabalho.”

Bia, por sua vez, não considerou seu resultado ruim. “Não foi de todo mal. É a minha melhor classificação do ano”, lembrou. “Vamos aproveitar essa oportunidade e tentar ir um pouco mais pra cima nas primeiras voltas, e, no Brasil sempre criamos boas oportunidades. O carro bom na corrida vale bastante.”

Apesar do revés pessoal, Castroneves aposta que a corrida no Anhembi será cheia de atrativos. “Acho que vai ser muito emocionante. Temos três brasileiros, com o Tony largando bem e a Bia também sempre representa bem o Brasil. No meu caso, por estar liderando o campeonato, vamos ter bastante atenção com a estratégia, ficar de olho dos primeiros colocados no campeonato e tentar superá-los na pista. Agora é fazer uma corrida de recuperação, e essa é uma pista que dá essa oportunidade.”

A quarta edição da Itaipava São Paulo Indy 300 Nestlé está marcada para as 12h30 (de BrasÁ­lia), com exibição ao vivo da Band.