IndyCar: Mário Moraes é aprovado no treino para os novatos em Indianápolis e segue no difÁ­cil aprendizado dos segredos do oval mais famoso do mundo

Tudo impressiona de inÁ­cio: o tamanho do circuito, a grandeza de suas instalações e, acima de tudo, a velocidade alcançada pelos carros nas quatro retas e quatro curvas. Para quem acelera em Indianápolis pela primeira vez, a ordem é encarar a pista com respeito e, passo a passo, ganhar confiança e desempenho. É exatamente o que vem fazendo o calouro brasileiro na Indy Racing League. Depois de correr apenas duas vezes em traçados do gênero (Homestead e Kansas), Mário Moraes é um dos 40 pilotos de todo o mundo que buscam a classificação para a 92ª edição das 500 Milhas de Indianápolis.

A primeira etapa já ficou para trás: o programa de orientação dos novatos, ou ROP. Quatro seqüências de 10 voltas com velocidades crescentes, tudo sob os olhos atentos dos comissários e da equipe técnica da IRL, com o desafio de mostrar habilidade para poder ganhar o sinal verde e entrar na briga por um lugar no grid. Moraes, de apenas 19 anos, terminou os dois dias de treinos prévios aprovado com louvor, e com uma média horária de 215.919 milhas por hora (347,7 quilÁ´metros horários). Ele desceu do carro entusiasmado com a experiência.


“Achei bastante interessante o formato do programa de orientação aos novatos, eles vão nos guiando lentamente Á s altas velocidades. Me senti muito confortavel e sei que melhores dias estão por vir, quando for me habituando mais a pista, ao carro e a tudo mais o que as 500 Milhas de Indianápolis significam”, explica o piloto da Coyne, que procurou se valer dos ensinamentos do companheiro de equipe Bruno Junqueira, que disputa a prova pela quarta vez. Até sexta, prosseguirá os treinos, já pensando na qualificação.


Mário admite que não tinha a noção exata da importância e do destaque da prova até desembarcar pela primeira vez em Indianápolis. Agora, não esconde o entusiasmo. “Cheguei sexta-feira e foi uma grata surpresa encontrar uma cidade bastante bacana, em que quase tudo parece girar ao redor da corrida, com alguns ótimos. O speedway é realmente incrÁ­vel. Tenho que admitir que até o momento não poderia ser considerado um grande fã da prova, apenas por nunca ter realmente assistido, mas a empatia quando se chega aqui é instantânea.”