IndyCar: Meira comemora sexto lugar na etapa final da Indy: “Tudo deu certo”

IndyCar: Meira comemora sexto lugar na etapa final da Indy: “Tudo deu certo”

Trabalho em equipe. Foi a isso que Vitor Meira atribuiu seu desempenho nas 300 Milhas de Miami. O piloto brasileiro e a A.J. Foyt Racing transformaram a decepção, que não esconderam depois da conquista da 21ª posição no grid, em Homestead em festa pelo sexto lugar na corrida, disputada na noite deste sábado (2) no Miami Speedway, em Homestead. Foi a 17ª e última etapa do campeonato da Fórmula Indy, conquistado pelo escocês Dario Franchitti.

Foi o melhor resultado de Meira e da A.J. Foyt Racing em pistas ovais na temporada. E o segundo melhor nas 17 corridas – o brasileiro subiu ao pódio em terceiro na primeira corrida, na pista de rua de São Paulo. O desempenho deste sábado em Homestead permitiu ao piloto atingir o objetivo estipulado para a etapa, de assumir a 12ª posição no campeonato. Meira era 13º, seis pontos atrás de Alex Tagliani. Fechou o ano oito pontos Á  frente do canadense.

â€œÉ legal demais terminar o ano com um resultado como esse, é animador para a equipe e para mim”, comemorou Meira. “Os mecânicos fizeram um trabalho impressionante nos pits, foi uma corrida em que fizemos tudo certinho como uma equipe. Tudo deu certo, exceto meu último jogo de pneus, que tinha um pequeno problema, foi sorte tê-lo usado por poucas voltas. Foi ótimo, e é bom ter esse tipo de astral enquanto o próximo campeonato não começa”, disse.

A CORRIDA
Vitor Meira mostrou uma atuação convincente no inÁ­cio da corrida. Partiu em 21º e quando houve a primeira intervenção da bandeira amarela, na 36ª volta, era o 13º. Durante o segundo stint, o rendimento caiu. “O carro ficou muito solto”, reclamou o piloto, que havia caÁ­do para 16º quando fez seu segundo pit stop, sob bandeira verde, na volta 95. Voltou Á  pista em 13º. Na volta 115, Meira alcançou o grupo dos 10 primeiros colocados, onde manteve-se até o fim.

Naquele momento, o piloto conversou com a equipe por rádio. “Esse jogo de pneus é muito melhor, seja o que for que a gente tenha feito, vamos manter”, foi o que disse. A.J. Foyt, o dono da equipe, respondeu-lhe com naturalidade. “Nós não fizemos nada, foi a Firestone que nos deu um jogo de pneus muito bom”. Na volta 137, um toque de Will Power no muro fez com que a prova fosse colocada sob bandeira amarela pela terceira vez.

Meira foi para os boxes na volta 137. Estava em nono, voltou Á  pista em sétimo. Ainda durante a intervenção do safety car, na 146ª volta, a equipe decidiu por mais uma parada, a última, para reabastecimento. Aquela foi a última visita do brasileiro aos boxes. “Só que os pneus que a gente colocou na última parada não eram tão bons”, lamentou o piloto, que após a relargada caiu para nono. Vários dos pilotos Á  sua frente precisavam de mais um pit stop.

Essas paradas aconteceram durante a bandeira amarela acionada na 166ª volta, por haver detritos na pista. Com combustÁ­vel suficiente para completar a corrida, o brasileiro ganhou quatro posições. Na 176ª volta, Milka Duno bateu e houve nova bandeira amarela. A economia de combustÁ­vel proporcionada pela nova intervenção permitiu a pilotos como Scott Dixon e Helio Castroneves, que poderiam precisar de mais uma parada, seguirem até o final.

Dixon, da Target Chip Ganassi Racing, venceu a corrida. Danica Patrick e Tony Kanaan, companheiros na Andretti Autosport, ficaram em segundo e terceiro. Ryan Briscoe e Castroneves colocaram dois carros da Penske em quarto e quinto, logo Á  frente de Meira. Franchitti, companheiro de equipe de Dixon, havia largado da pole e, com o abandono de Power, também da Penske, comemorou o terceiro tÁ­tulo terminando as 300 Milhas de Miami em oitavo lugar.